quarta-feira, 27 de junho de 2012

Inadimplência reflete desgaste de modelo de expansão via consumo

No Estadão


O crescimento da taxa de inadimplência, em maio, da carteira das pessoas físicas, para 8%, e para o novo recorde, de 6,1%, na de veículos, reflete o esgotamento do modelo, pregado pelo governo, de crescimento do País ancorado no consumo, segundo analistas ouvidos pela Agência Estado


"Há um comprometimento, no presente, da renda futura e isso cria uma limitação na mola dinâmica do crescimento", disse Newton Camargo Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
Para Camargo Rosa, as quedas seguidas na taxa Selic não ajudarão na redução da inadimplência. 
"Não adianta baixar juros, porque o consumidor não vai ter vontade de consumir", afirmou. 
Opinião semelhante tem Rafael Bistafa, economista da Rosenberg & Associados. 
"Há o esgotamento do crescimento via consumo e endividamento das famílias e os bancos privados já sinalizam isso desde o começo do ano, pois estão bastante seletivos no crédito", afirmou.

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