Em nove anos e quase meio de governo, a única coisa positiva que o lulo-petismo fez para a economia do país foi abandonar tudo o que o partido dizia defender e, ao menos nos sete primeiros anos, não mexer nos rumos traçados no período anterior a janeiro de 2003.
O PT foi contra o Plano Real, contra o Proer, o programa de saneamento dos bancos, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a independência do Banco Central – toda a base da política econômica estabelecida nos governos Itamar Franco e FHC que permitiu que o país alcançasse um período de estabilidade como há muito não vivia, ou simplesmente nunca viveu.
Em 2002, com as pesquisas apontando a possível vitória de Lula, houve um período de instabilidade, com o temor de uma mudança abrupta nos rumos da política econômica. Aí vieram a Carta aos Brasileiros, a ação de Antonio Palocci tranquilizando os mercados, a nomeação de um nome técnico respeitado e não petista – o de Henrique Meirelles – para o Banco Central. No poder, Lula e o PT abandonaram inteiramente o discurso de mudar tudo que estava aí e, bem ao contrário, mantiveram a política econômica anterior.
Exatamente por isso, o país desfrutou de mais sete anos de bons resultados na economia.
Incompetentes em tudo, menos no marketing, eles conseguiram fazer muita gente acreditar que a bonança era fruto do que eles fizeram – quando, na verdade, apenas colheram o que havia sido plantado antes.
Foi só em 2009 e mais acentuadamente em 2010, o ano em que Dilma Rousseff acabaria sendo eleita, que o governo começou a abandonar as bases da política deixada pelos antecessores do lulo-petismo. Ampliou, e muito, os gastos de custeio, de manutenção de uma máquina cada vez mais inchada – e reduziu os investimentos, devido, entre outros motivos, à absoluta incompetência gerencial.
Mas ainda havia gordura para gastar.
O estoque de gordura começa a diminuir, com o prolongamento da crise mundial, o agravamento da situação na Europa e a diminuição do ritmo de crescimento chinês.
O PIB brasileiro patina. Agora, pela primeira vez desde que o lulo-petismo chegou ao poder, são necessárias medidas sérias para enfrentar o novo quadro econômico adverso. E o que o governo tem a oferecer, além de gambiarras, puxadinhos, desonerações para este ou aquele setor industrial, incentivo ao consumo das famílias já asfixiadas com dívidas?
O editorial de O Estado de S. Paulo de quinta-feira, 7 de junho, responde a essa pergunta: “O que se vê é a repetição do que (o governo) tem feito até agora, sem resultados concretos: vender otimismo, ameaçar os pessimistas e construir um cenário cada vez mais distante da realidade. Utilizam-se promessas para enfrentar problemas”
Esta 55ª compilação de notícias e análises que comprovam a incompetência do governo Dilma Rousseff – com material publicado entre os dias 1º e 7/6/2012 – começa com esse editorial do Estadão. Depois mostra os pífios resultados do PIB do primeiro trimestre – e a incapacidade do governo de apresentar qualquer plano para enfrentar a situação.
* Não é verdade que o modelo de crescimento tenha se esgotado – por que não existe modelo algum
Mais AQUI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário