segunda-feira, 18 de junho de 2012

PESQUISA ATROPELA A VERDADE

Como respeitar certo tipo de jornalismo que divulga qualquer pauta sem fundamento?
Lorotas são repetidas exaustivamente e pouco se vê de reação que corrija esse tipo de "falha".
Seleciona-se qual versão deve prevalecer nos noticiários e praticamente anula-se o contraditório, mesmo que as evidências desmintam a versão escolhida.
É o caso da maior mentira já pronunciada na história do país, que os programas sociais foram criados pelo governo do PT, diga-se lula. Nem ao menos o nome foi idealizado pelo partido.
Confiram:

Lula deve a Perillo sua principal política


Reinaldo Azevedo desmonta estudo publicado no jornal O Globo que traz uma reportagem com informações que estão naquela categoria que chama  estupefaciente.
O jornalista diz que não recrimina a reportagem, mas a bobajada produzida por pesquisadores da PUC-RJ, que não resiste a cinco minutos de reflexão.

Há tempos não lia tanta bobagem. O único que diz aí coisa com coisa, com algumas ressalvas, é Michel Misse. O resto é o besteirol de sempre, que associa pobreza a violência. O índice de homicídios em São Paulo vem caindo de forma consistente há mais de 12 anos. O estado está em antepenúltimo lugar no ranking de homicídios por 100 mil habitantes; a capital, proporcionalmente, é a que menos mata no país.
O Mapa da Violência desmente esse estudo de maneira vexaminosa, assombrosa. E não com estudozinho focado na escola X ou Y, não, mas com dados objetivos. Leiam trecho de um post deste blog de 14 de dezembro do ano passado (em azul):
Nesta quarta, foi divulgado o Mapa da Violência com dados de 11 anos, de 2000 a 2010. Pois é… Em 2000, a cidade de São Paulo tinha 64 mortos por 100 mil habitantes, segundo o mapa. Em 2010, apenas 13 - uma queda de 80%. No outro extremo, Salvador tinha 12,9 naquele ano; em 2010, saltou para 55,5 mortos por cem mil: um crescimento de 330,2%…
(…)


O Brasil teve 49.932 homicídios no ano de 2010. De acordo com o Mapa da Violência divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Sangari com informações dos ministério da Saúde e da Justiça, a taxa de homicídios no ano passado ficou em 26, 2 mortes para 100.000 habitantes. O número significa uma pequena redução em relação a 2009, quando a taxa foi de 27 mortes. Mas a taxa é superior à de conflitos armados em países como o Afeganistão, a Somália, ou o Sudão. Qualquer taxa acima de 10 mortes por 100.000 pessoas é considerada epidêmica por organismos internacionais. Uma epidemia que, no Brasil, tirou 1 milhão de vidas nos últimos 30 anos.
O maior índice de homicídios é o de Alagoas, com 66, 8 mortes por 100.000 habitantes. Em seguida, vêm o Espírito Santo (50, 1), Pará (45, 9), Pernambuco (38,8) e Amapá (38,7). Os menores números são os de Santa Catarina (12,9), Piauí (13,7), São Paulo (13,9), Minas Gerais (18,1), Rio Grande do Sul (19,3) e Acre (19,6). Entre as capitais, Maceió é a que tem o maior número de homicídios por habitante.

São Paulo possui a menor taxa. A trajetória da capital paulista, aliás, chama a atenção: em 2000, a cidade tinha a 4ª maior taxa entre as capitais. De lá para cá, o índice de homicídios no município caiu cerca de 80%.
(...)

Aumento
Uma análise em perspectiva mostra um aumento da violência nas regiões Norte e Nordeste: entre 2000 e 2010, o número de homicídios mais do que quadruplicou no Pará, na Bahia e no Maranhão. A maior queda se deu em São Paulo, que registrou uma redução de 63, 2% no número de homicídios durante a década passada, mesmo com o aumento populacional.

(...)

Usar o Bolsa Família para explicar a queda de violência em São Paulo é a mais nova farsa influente. A anterior era atribuir a queda à campanha do desarmamento. Pergunto aos iluminados: por que, então, a campanha do desarmamento não produziu os mesmos efeitos no resto do Brasil?

Por que, então, houve, na média, aumento da violência no Norte e Nordeste, embora sejam as regiões mais beneficiadas pelo Bolsa Família? A verdade é bem outra.

(continua AQUI)

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