Em agosto do ano passado, VEJA publicou uma reportagem sobre uma patriotada do Apedeuta, que não naufragou por pouco, ao custo de R$ 336 milhões. E a conta pode custar muito mais do que isso.
A foto acima, de 7 de maio de 2010, retrata uma cena explorada à exaustão na campanha de Dilma Rousseff. Com pompa e circunstância, o então presidente Lula, com Dilma no palanque, exibia no Porto de Suape, em Pernambuco, o primeiro navio petroleiro construído no Brasil em catorze anos.
Tudo teatro eleitoral.
Tão logo a platéia se foi, a embarcação voltou ao estaleiro e de lá nunca mais saiu. O que poucos sabiam até agora é que o vistoso casco do João Cândido - um portento planejado para transportar 1 milhão de barris de petróleo através dos continentes e que custou à Petrobras 336 milhões de reais (o dobro do valor de mercado) - escondia soldas defeituosas e tubulações que mal se encaixavam. Corria o risco de desfazer-se em alto-mar.
Por Reinaldo Azevedo
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