O nível de atividade da indústria da construção mantém a tendência de queda. De acordo com a Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a atividade no setor está abaixo do normal: o indicador marcou 45,3 pontos em junho, menor patamar histórico e abaixo dos 50 pontos – o que aponta nível de atividade abaixo do usual.
Além disso, a utilização da capacidade operacional do setor caiu para 69% em junho, ante os 71% registrados no mês anterior.
“A indústria da construção já reflete os efeitos da desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira. O segmento vem mostrando desempenho desfavorável nos últimos meses, ainda que superior ao das indústrias extrativa e de transformação. A atividade encontra-se desaquecida e com tendência de queda”, afirmou a entidade.
“O País não está crescendo como se previa no início do ano, o que frustra as previsões de investimentos e de novos empreendimentos e serviços das empresas do segmento”, completou a CNI, em trecho do estudo.
O desempenho ruim no setor de construção também é observado na evolução do número de funcionários, aponta a CNI. O indicador teve leitura de 47,8 pontos em junho, abaixo dos 50,1 pontos registrados em maio. Essa é a primeira vez que esse indicador rompe a linha dos 50 pontos, indicando queda no número de empregados, desde janeiro.
As expectativas do setor não são animadoras. A CNI afirma que não há sinais claros de reversão nesse quadro no restante deste ano. Apesar de se manterem acima de 50 pontos, todos os indicadores de expectativa para os próximos seis meses mostram queda no otimismo em julho. A maior queda é registrada no otimismo quando a novos empreendimentos, que caiu de 58,8 pontos em junho para atuais 56,5 pontos.
“O setor menos otimista é Obras de infraestrutura, fortemente afetado pelos desembolsos governamentais, que apresentam execução muito abaixo do previsto para o ano”, destaca a entidade.
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