domingo, 1 de julho de 2012

CADÊ O ETANOL E O "MILAGRE" DO PRÉ-SAL?

Produção estagnada há três anos leva Petrobrás a criar plano de emergência

Sergio Torres e Sabrina Valle, de O Estado de S.Paulo


A produção nacional de petróleo está estagnada há três anos e desde 2003 a Petrobras fracassa em atingir as suas metas de extração de petróleo e gás. A origem do problema está na queda de eficiência operacional da Bacia de Campos, a principal do País, responsável pela produção de até 85% do petróleo consumido internamente. O nível de eficiência na bacia caiu de 90% para 70% em três anos, de acordo com diagnóstico reservado da própria Petrobras.
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A derrocada produtiva em Campos pode ser apontada como uma das causas da crise que atinge a Petrobrás. As metas de produção estipuladas pela estatal não são atingidas há nove anos, em parte porque desabou o índice de eficiência das unidades de Campos.


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Para conter preço da gasolina, governo põe etanol em xeque


Produção de etanol vem perdendo fôlego e o setor admite estar em crise





Usina de etanol em Goiás: setor precisa de R$ 115 bilhões em dez anos
Foto: Divulgação


Usina de etanol em Goiás: setor precisa de R$ 115 bilhões em dez anos
DIVULGAÇÃO
A decisão do governo de evitar, por meio de subsídios a gasolina e diesel, que a alta dos preços do petróleo chegue ao consumidor pode conter a inflação, mas põe em xeque um dos projetos mais ousados do Brasil, o programa do etanol. Na bomba, o álcool tem perdido a disputa com os combustíveis fósseis. Desde janeiro do ano passado, sai mais barato para o brasileiro usar gasolina, de acordo o monitoramento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com isso, a produção de etanol vem perdendo fôlego e o setor admite estar em crise.(...)
Se em 2009 o etanol abastecia 54% da frota nacional de veículos médios, hoje, no país do carro flex, esse percentual já não passa de 35%, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), embora 85% das vendas de veículos leves da indústria automotiva sejam de modelos flex, que já somam cerca de 50% da frota nacional.(...)
A indústria vive um dilema. Os empresários atribuem a queda na produção, em parte, à crise financeira de 2008 e às intempéries climáticas dos últimos dois anos. Mas também apontam a falta de previsibilidade e de segurança jurídica como obstáculos a novos investimentos. Alegam que não há políticas claras para o etanol e se queixam de terem sido deixados em segundo plano nos últimos anos. (...)

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