segunda-feira, 16 de julho de 2012

A DISTÂNCIA ENTRE A LEI E A ÉTICA

Não tenho ideia das razões que levaram o jornalista Ricardo Noblat a escrever a matéria abaixo, mas é óbvio que há leis que servem para evitar abusos, orientar comportamentos ou mesmo para satisfazer grupos de interesses. É o caso dos JOGOS, que poderiam ser legalizados, o que faria de Carlinhos Cachoeira um empresário de sucesso, e não um contraventor. 
Isso mudaria radicalmente o resultado da votação que cassou o mandato do senador Demóstenes, mas também não teria como o PT, diga-se Lula, perseguir e destruir seus adversários políticos.
Por outro lado, os mais graves esquemas de corrupção, patrocinados pelo PT e com Lula e Dilma como principais beneficiados, têm sido abafados e relevados pela opinião pública que os considera responsáveis por pequenas benesses que facilitam o acesso a bens de consumo. 
Leis são atropeladas por interpretações encomendadas ou por supostos benefícios da dúvida e a ética mandada às favas.

Sem lé com cré, por Ricardo Noblat

Salvo a encantadora namorada do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso desde 29 de fevereiro último sob a acusação de ter montado uma quadrilha para explorar jogos ilegais, ninguém merecedor dos holofotes da mídia parece ter dito coisa com coisa na semana passada. 

Absurdo o descompasso entre o discurso e a realidade, entre o anunciado e a coerência.
(...)

 

Provocada por jornalistas, antecipou o que imagina fazer no dia que Cachoeira for solto: 
"Vou começar a defender a legalização dos jogos." Falou sério!

Nada mais de acordo com o que conferiu projeção ao namorado. De resto, um desassombrado tributo ao arriscado e incompreendido ramo de atividade que garante o pleno conforto do casal.

Ingenuidade e transparência costumam ser boas companheiras. A verdade sai ganhando com a parceria delas. Quanto à esperteza e malícia, vez por outra assinam desastres inesquecíveis ou trapalhadas pitorescas.

Da ingênua Andressa à esperta em treinamento Dilma Rousseff.
O que foi mesmo que elegeu a senhora para suceder Lula?

Sua simpatia? Não, não foi. A paciência que somente os sábios e os mais velhos transpiram no trato com os afoitos e apressadinhos? Não foi.
Sua destreza no manejo das palavras? Também não. Algo de mágico chamado carisma? Menos ironia, Noblat! A mulher é presidente! Sua cancha em disputar eleições? Jamais disputara uma antes.
Lula escolheu Dilma para manter aquecida a cadeira que foi dele durante oito anos. Mas o que a elegeu foi a satisfação da maioria dos brasileiros com os resultados da economia.

Mais dinheiro no bolso e mais crédito na praça desidratam escândalos, desmoralizam a moral e fazem tábula rasa da ética. É assim, infelizmente.

E como é que essa senhora, que por tantos anos celebrou o crescimento do Produto Interno Bruto(PIB), o indicador do conjunto de riquezas do país; como é que ela, ao ver o PIB ladeira a baixo, comete o atrevimento de dizer que o PIB não tem lá essa importância toda, importante é como cuidamos das nossas crianças e adolescentes?

Quer dizer: Pibão vale. Merece ser reverenciado. E por causa dele cabe acicatar os desafetos políticos. Pibinho não vale. Entra em cena o vinde a mim as criancinhas! Para quê? Para serem mais bem alimentadas com menos recursos?
Aproxime-se para lá, dona Dilma! Respeito à inteligência alheia é bom e ainda tem quem goste.

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