quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paraguai apresenta "provas" de incitação à guerra civil no país



DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE BRASÍLIA


O novo governo paraguaio apresentou ontem vídeos que, segundo ele, comprovam que o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, se reuniu com o alto comando militar do Paraguai antes da deposição de Fernando Lugo da Presidência.

Além do ministro do governo Hugo Chávez, o embaixador equatoriano Julio Prado estaria no encontro.
"Tenho certeza de que serão entregues [cópias das gravações] aos órgãos responsáveis", afirmou a ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, durante entrevista.

Ela e o presidente Federico Franco acusaram na semana passada os governos da Venezuela e do Equador de tentar promover levante dos militares paraguaios para que Lugo permanecesse no poder.

As imagens divulgadas ontem mostram que os comandantes das Forças Armadas paraguaias e o chanceler venezuelano estavam presentes no palácio do governo, em Assunção, no dia 22 de junho, momentos antes de o Congresso aprovar o impeachment, em processo que durou pouco mais de 30 horas.
No entanto, não é possível se Maduro e os militares estiveram realmente reunidos. Além disso, o áudio do material distribuído para a imprensa é de má qualidade e não permite verificar o que é conversado.

As imagens mostram também que os chanceleres Ricardo Patiño (Equador) e María Ángela Holguín (Colômbia), assim como o secretário-geral da Unasul, o venezuelano Alí Rodríguez, chegaram ao palácio ao mesmo tempo que Maduro.
O ministro do governo Hugo Chávez respondeu as acusações dizendo que elas dão "a amostra política e moral de um pessoal que acabou de dar um golpe de Estado e trata de acusar os outros de dar golpes e contragolpes".
"Essa acusação não tem base na realidade", concluiu Maduro.

Os chanceleres da Unasul, incluindo o brasileiro Antonio Patriota, estavam em missão no Paraguai para acompanhar a crise no país.
O governo brasileiro reagiu com perplexidade à divulgação do vídeo. A avaliação é que a denúncia dá argumento e força aos críticos da entrada da Venezuela.

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