A suposta faxina atribuída à Dilma, mas que na verdade foi obra da imprensa séria e responsável, contribuiu para que o governo do PT se livrasse de alguns nomes de partidos da base aliada. Aliás, até hoje não se sabe quem vazou tais informações.
Ministros petistas, porém, com exceção de Palocci, cuja situação se tornou insustentável perante a opinião pública, também têm sofrido acusações de envolvimento em atos ilícitos, mas não foram demitidos como os demais.
Nesses casos, Dilma corre para lançar pacotes que entram na pauta dos programas jornalísticos e isso tem servido para abafar os escândalos dos ministros de seu partido.
É o que aconteceu com o ministro Pimentel, que sumiu dos noticiários, mas agora volta como alvo de mais uma denúncia:
Por Eduardo Kattah, no Estadão:
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais pediu a indisponibilidade dos bens do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), e do secretário municipal de Segurança Urbana e Patrimonial de Belo Horizonte, Genedempsey Bicalho Cruz, até o limite de R$ 481,3 mil para o ressarcimento de suposto dano ao erário.
O MP
estadual ajuizou no dia 25 ação civil por atos de improbidade
administrativa contra Pimentel e o secretário por ordenarem, em 2006, a
compra de armas de fogo e munições para uso da Guarda Municipal. O atual
ministro era na época prefeito de Belo Horizonte e Bicalho Cruz já
ocupava o atual cargo.
No pedido
de liminar, os promotores que subscrevem a ação solicitam também a
quebra de sigilo fiscal para garantir o ressarcimento aos cofres
públicos dos valores gastos com 300 revólveres calibre 38, 50 pistolas
automáticas modelo 380 e 13.800 unidades de munições. O MP afirma que as
munições foram adquiridas com dispensa ilegal de licitação.
Por
empecilho legal – previsto no Estatuto do Desarmamento -, porém, os
armamentos e as munições foram entregues na época à Polícia Militar
mineira, onde permanecem estocadas. A Polícia Federal em Brasília havia
autorizado o porte de arma para a Guarda, mas a pedido da PF em Minas a
Justiça Federal chegou a deferir um mandado de busca e apreensão contra a
instituição por crime de porte ilegal de arma.
A
Promotoria aponta na ação que, “inegavelmente”, houve “mau uso dos
recursos públicos com a aquisição precipitada de armas e munições para a
Guarda Municipal, a qual não detinha e não detém o indispensável porte
de arma para uso dos produtos”.
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