terça-feira, 7 de agosto de 2012

AINDA HÁ QUEM NÃO TENHA VERGONHA DE SER HONESTO?



Repito pela enésima vez, o pior legado do governo do PT não é exatamente a corrupção generalizada no meio político, mas a contaminação dessa prática nas instituições e a péssima influência no comportamento das pessoas.

Os advogados que defendem os mensaleiros argumentam que seus clientes podem ter cometido crime eleitoral, algo que soa como um pecadinho venial, mas que seriam inocentes quanto às demais acusações.

Outro absurdo é a alegação de que o PT já fora absolvido nas urnas pelo simples fato de lula ter conseguido se reeleger e eleger sua sucessora. Quantos facínoras mundo afora têm obtido vitórias esmagadoras nas urnas, geralmente com apelo midiático e atitude demagógica? Nada que um bom marqueteiro não resolva.
Mas não era nada disso que se dizia quando estourou o escândalo do Mensalão para tentar blindar o EX. O mantra adotado, inclusive pelos bajuladores da imprensa, era de que o povo seria clemente com o então presidente porque o "dinheiro roubado", era assim mesmo que se dizia, não tinha como negar, era compartilhado, ou seja, o fruto do roubo era dividido, distribuído aos que necessitavam, coisas assim que fizeram com que a população tivesse a sensação de cumplicidade e, portanto, seria melhor acreditar nas boas intenções e no País Maravilha da propaganda do governo.

A malandragem e a ausência de escrúpulos passaram a ser adjetivadas como habilidade política. Isso passou a servir como referência aos que buscam o sucesso.
A partir de então, o estrago no padrão de mentalidade e no caráter dos brasileiros tornou-se inevitável.
Vejam um exemplo do que seria condenado tempos atrás e que agora serve de modelo para a sociedade:

Juiz diz a Roberto Jefferson: 'Fiz o concurso errado'

Felipe Patury, ÉPOCA

Para acelerar a fase de interrogatórios do processo do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa contou com a ajuda de juízes federais da primeira instância. Delator do escândalo, o ex-deputado Roberto Jefferson foi ouvido em 12 de fevereiro de 2008, no Rio de Janeiro, pelo juiz federal Marcello Granado.

Na metade do depoimento, transcrito em 24 páginas e anexado ao processo do Supremo, Granado quis explicações sobre o repasse que Marcos Valério fez, no valor de R$ 200 mil, ao PTB para ser entregue a uma funcionária da liderança do partido da Câmara.

Segundo Jefferson, tal funcionária, de nome Patrícia, precisava de dinheiro depois da morte, em 2003, de José Carlos Martinez, então presidente da agremiação. Granado se surpreendeu com tamanha generosidade:

Juiz Marcello Granado – Esse tipo de doação, vamos dizer assim, de ajuda, totalmente gratuita, enfim… Duzentos mil reais, não estamos falando de vinte mil, de cinquenta mil.

Roberto Jefferson – Na relação da política existe isso, sim, excelência. Existe.

Granado Acho que eu fiz o concurso errado. Ou talvez tenha feito o certo, não é?

Jefferson Fez, sim. Fez, sim, excelência.

*
Abaixo, a verdadeira cara do PT, que querem transformar na "cara do povo":

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