domingo, 12 de agosto de 2012

Crime é crime, e ponto. Mentira é mentira

Por Ricardo Noblat


(Comentário aqui publicado em 5.9.2005)

De Lula, hoje, em São Paulo:
- Se aguém achou que poderia fazer conflito político, criar conflito político, exagerar mais ou menos, achando que ia afetar a economia e o país sair do trilho, caiu do cavalo.

Pirou. Ou não: quer de forma indireta acusar adversários de atiçarem a crise política para derrubar a economia.

Tudo o que adversários de Lula fizeram até agora foi evitar que a crise, criada pelo governo e o PT, contaminasse a economia. Estão sendo condescendentes com o ministro da Fazenda, por exemplo, enrolado em histórias suspeitas. E com o próprio Lula.

Representantes de fundos de pensão foram ouvidos em sessão reservada da CPI dos Correios - justamente para evitar que a economia corresse o risco de ser afetada pelo que dissessem.

Deus e o mundo fizeram de conta de que Lula nada tinha a ver com a crise - até o dia em que ele pôs a crise no próprio colo. Assim procedeu quando disse o que disse na sua famosa entrevista em Paris.
 
Ali, Lula tentou induzir os brasileiros a pensarem que a dinheirama da dupla Delúbio-Valério era caixa 2 de campanha, e tão somente isso. Como se a admissão de um crime praticado por todos os partidos fosse capaz de atenuar o crime.
O fato de a mistificação e a mentira serem instrumentos correntes entre os políticos (mas não só entre eles) está longe de amenizar o fato de que Lula mistifica e mente.


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