domingo, 12 de agosto de 2012

Investimento estrangeiro no Brasil tem queda de 40% no 1º semestre

PIB fraco e intervenções do governo em meio à crise diminuíram apetite dos investidoresBruno Villas BôasGabriela Valente, O Globo

O crescimento do Brasil em ritmo mais lento e as intervenções do governo na economia — como nas margens dos bancos, na valorização do câmbio e na taxação da renda fixa — foram um balde de água fria na euforia dos investidores estrangeiros.

Com uma contribuição da crise europeia, o dinheiro trazido por esses investidores — de fundos de investimento e fundos de pensão até fortunas de famílias e de empresas — para a compra de ações e títulos de renda fixa no país encolheu 40% no primeiro semestre, frente ao mesmo período de 2011: de US$ 12,4 bilhões para US$ 7,5 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC).

Para os grandes bancos de investimento, o Brasil que ilustrou a capa da revista inglesa “The Economist”, em novembro de 2009, com o Cristo Redentor literalmente decolando, ficou sem combustível. Ou “Lento e sem medalhas”, como classificou o banco americano Morgan Stanley em relatório na semana passada. Se havia euforia demais, o pessimismo agora se tornou extremo.
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