STF: Lewandowski cometeu ‘harakiri biográfico’
No blog do
Cláudio Humberto
Durante intervalo na sessão de ontem do
Supremo Tribunal Federal, um dos seus mais importantes ministros não
precisou recorrer a expressões tão líricas quanto firmes, que usa em
suas intervenções, para definir o papel do colega Ricardo Lewandowski,
ministro revisor que tentou absolver acusados do mensalão.
“Ele cometeu
um harakiri biográfico”, disse a um colega, com seu acentuado sotaque
regional.
Chamam de harakiri um ritual de suicídio de samurais
japoneses.
Abnegação
O revisor Lewandowski segurou o processo por
mais de 170 dias, um recorde, e tentou convencer o presidente do STF a
adiar o julgamento.
Exorbitou
A função de revisor, meramente técnica, era
quase desconhecida, mas Lewandowski tentou torná-la mais importante que a
de relator.
Esticando o tempo
Nos primeiros momentos do julgamento, Lewandowski ocupou mais tempo, com seus demorados votos, que o relator Joaquim Barbosa.
Tocando de ouvido
Lewandowski deixou o STF chocado ao
sacar um longo "VOTO POR ESCRITO" após Márcio Thomaz Bastos "IMPROVISAR"” uma questão de ordem.
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