Eis aí do que são capazes. Trata-se de uma tática. O vídeo é posto no ar para que seja depois divulgado pela rede suja e pelos patrulheiros da Internet. Chamo o candidato petista de Gugu-Dadá numa referência a seu arzinho cúti-cúti, carinha de bom menino, do tipo que brinca sem sujar o shortinho. Mas ele é capaz de barbaridades — e não só teóricas.
Em agosto
de 2011, criticando a reação dos inconformados com o livro do “nós pega
os peixe”, ele fez este estupefaciente comentário:
“Há uma diferença entre o Hitler e o Stálin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los. Essa é a grande diferença. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler”.
“Há uma diferença entre o Hitler e o Stálin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los. Essa é a grande diferença. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler”.
Está tudo dito aí. Fuzilar
depois de ler é moralmente superior a fuzilar antes de ler, entenderam?
Fuzilar depois de ler é uma “evolução”. Sem contar que resta a sugestão
de que, se leu, pode ter fuzilado por bons motivos.
João
Santana, responsável pela campanha, não teve dúvida em pôr a propaganda
no ar. Já mergulhou no esgoto antes. Por que não o faria agora? Foi dele
a ideia de perguntar no ar, na campanha de Marta em 2008, se o prefeito
Gilberto Kassab era casado e tinha filhos. Imaginem qualquer campanha
similar nesse sentido feita por Serra, satanizando o petismo. A imprensa
paulistana, majoritariamente “haddadiana”, não abandonaria mais o
assunto.
Entendam: a
moral petista é a da necessidade. O partido precisa sair do atoleiro
eleitoral em que está? Precisa! O que eles topam fazer para isso?
Qualquer coisa! Não estão de braços dados com Maluf? O vídeo será agora
reproduzido pela Al Qaeda eletrônica.
Haddad,
claro, vai dizer que não sabia de nada, que o material entrou sem o seu
conhecimento. Assim como desconhecia os vídeos do kit gay que, sob o
pretexto de combater o preconceito, fazia proselitismo. Esse rapaz, que
nunca sabe de nada, pretende ser o novo norte moral de São Paulo.
Estamos vendo.
E não há
como ignorar: isso ocorre no momento em que Lula, na prática, toma as
rédeas da campanha.
“Lula seria capaz disso?” Em três letras e um ponto:
sim!
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