A manutenção da candidatura de João Paulo Cunha à Prefeitura de Osasco
em caso de condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) divide o PT e
deve ensejar nova batalha jurídica. Legalmente, o petista não ficaria automaticamente inelegível, pois, no
momento do registro, sua ficha era reconhecidamente limpa. Contudo,
juristas e procuradores consultados pela Folha consideram que o
deputado, em hipótese de vitória nas urnas, terá seu diploma contestado
nos tribunais, podendo nem mesmo assumir o cargo. A análise se baseia no precedente aberto pelo TSE que admite
"inelegibilidade superveniente" (que ocorre após o registro e antes da
eleição). Ainda assim, João Paulo tem dito que enfrentará todos os
recursos e mostra disposição de seguir no páreo.
Na noite de ontem ele participou de inauguração de um comitê de sua
campanha. De outro lado, a ala do PT mais próxima do prefeito reeleito
Emídio de
Souza defende, reservadamente, que o atual candidato a vice, Jorge
Lapas, ex-secretário de Governo, seja promovido à cabeça de chapa se o
titular for condenado pelo mensalão. Diante do iminente impasse,
petistas já cogitam acionar a direção
nacional do partido e até o ex-presidente Lula para o veredicto. Osasco é
o sexto maior colégio eleitoral do Estado, com 540 mil aptos a votar. O
principal adversário de João Paulo é o ex-prefeito e atual deputado
estadual Celso Giglio (PSDB), que aparece à frente das pesquisas locais
de intenção de voto.
(Folha de São Paulo)
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