segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Plano do governo de incentivo à aviação regional não decola

Geralda Doca, O Globo

Estratégico para o desenvolvimento do país, o plano do governo para estimular a aviação regional está travado na burocracia. As discussões sobre o tema, concentradas na Casa Civil desde novembro, não avançaram, segundo interlocutores do governo, porque os assessores da presidente Dilma Rousseff não chegaram a um consenso.
Falta definir os aeroportos que serão contemplados, quanto a União está disposta a gastar de fato e estabelecer novas medidas de gestão. 
(...)

Para atender essa demanda, o governo concebeu o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que vai receber os aportes dos aeroportos concedidos à iniciativa privada e aplicar cerca de 25% dos recursos da aviação regional. Mas a criação desse fundo, que receberá R$ 1 bilhão ao ano por 25 anos, está empacada, sem sequer uma minuta de regulamentação. As aéreas elogiam as intenções do governo, mas reclamam que é preciso tirá-las do papel.

— Vontade política não basta. É preciso ter uma ação proativa do governo — disse o diretor de Relações Institucionais da Trip, Victor Celestino.

Segundo ele, a SAC terá que enfrentar as dificuldades históricas para fechar convênios e repassar recursos para prefeituras e estados, hoje responsáveis pelos aeroportos regionais. O antigo Profaa (programa de auxílio ao setor), que passou a fazer parte do Fnac, teve um desempenho pífio por isso e por falta de orçamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário