Pouco
antes do choro a portas fechadas com os dirigentes do PT na
quinta-feira, o mensaleiro João Paulo Cunha apresentou sua fatura para
oficializar a (inevitável) desistência da candidatura a prefeito de
Osasco.
Numa clara
demonstração de que a condenação por corrupção não abalou sua
desenvoltura em fazer política por meios sub-reptícios, cobrou a
manutenção de cargos na Ceagesp, o maior entreposto de distribuição de
alimentos da América Latina, vinculado ao Ministério da Agricultura, e
que o PMDB já trabalha para abocanhar caso o PT perca a hegemonia em
Osasco.
O braço de
João Paulo na Ceagesp é a irmã, Ana Lúcia Cunha Pucharelli, que comanda
todo o setor de Recursos Humanos. Hoje, mais de dez cargos de chefia
são ligados ao PT, entre eles o diretor-presidente, Mário Maurici.
Maurici
ingressou na política em Franco da Rocha (Grande SP), onde foi prefeito,
e fez carreira em Santo André como secretário do prefeito Celso Daniel
(morto em 2002). É homem do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral
da Presidência).
Há tempos,
a Ceagesp é um cabide de petistas. Até um sobrinho do ex-presidente
Lula tem cargo na empresa: Edison Inácio Marin da Silva é responsável
pelo departamento de entrepostos da capital. Por fim, João Paulo
emplacou, como esperado, o vice na chapa em Osasco, seu aliado Valmir
Prascidelli (PT).
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