Editorial do Estadão
Vai
se desfazendo rapidamente a imagem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva construiu de si mesmo no poder, e que parecia indestrutível.
As dificuldades eleitorais que os candidatos por ele impostos ao seu
partido enfrentam em várias capitais são uma demonstração de que, menos
de dois anos depois de deixar o poder com índice inédito de
popularidade, pouca valia tem seu apoio.
A isso se soma a substituição
gradual, por sua sucessora Dilma Rousseff - também produto de sua
escolha pessoal -, de práticas e políticas que marcaram seu governo.
Concretamente, o fracasso da gestão Lula está explícito no abandono,
paralisia, atraso e dificuldades de execução de seus principais planos,
anunciados como a marca de seu governo. Eles vão, de fato, moldando a
marca de seu governo - a do fracasso.
Trata-se - como mostrou
reportagem do jornal Valor (24/9) - de um fracasso exemplar, articulado,
minucioso, que quase nada deixa de positivo dos grandes projetos de
Lula na região em que nasceu e onde ele e sua sucessora obtiveram suas
mais estrondosas vitórias eleitorais - o Nordeste. As deficiências
desses projetos eram conhecidas. O que a reportagem acrescenta é que,
frutos do apetite político-eleitoral do ex-presidente e da sistemática
incompetência gerencial de seu governo, essas deficiências são comuns
aos vários projetos.
Ferrovias, rodovias, obras de infraestrutura
em geral, transposição do Rio São Francisco, refinarias, tudo foi
anunciado com grande estardalhaço, com resultados eleitorais
espetaculares para o governo, mas com pouco, quase nenhum proveito para o
País até agora. Como se fossem partes de uma ação cuidadosamente
planejada, essas obras têm atraso médio semelhante, enfrentam problemas
parecidos e, todas, geram custos adicionais astronômicos para os
contribuintes.
Leiam mais em Fracasso Articulado.
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