O fim da ação penal número 470, no
plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), significará a conclusão de
apenas uma etapa do julgamento do mensalão. O procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, disse ontem que pretende destravar outras
frentes de investigação após o veredicto sobre os réus julgados pelos
ministros do STF. O término do julgamento está previsto para o fim de
outubro.
“Do contexto da ação penal
470 surgiram diversas outras ações, em São Paulo, Minas Gerais e
algumas coisas na Procuradoria-Geral da República. Assim que terminar
esse julgamento, haverá um esforço para dar andamento a essas ações”,
disse Gurgel ao GLOBO, no intervalo da sessão plenária no Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP).
A denúncia
central do mensalão resultou em outro inquérito que tramita no próprio
Supremo. O procedimento tem o número 2.474 e corre em segredo de
Justiça. Com 77 volumes, está na fase de investigação policial e ainda
não resultou em denúncia por parte do procurador-geral. O inquérito é um
desdobramento da ação penal 470, e foi aberto para apurar novos
sacadores de dinheiro das empresas de Marcos Valério, considerado o
operador do mensalão.
(…)
(…)
As mesmas suspeitas levaram o Ministério Público Federal em Brasília a acionar na Justiça Federal, por improbidade administrativa, o ex-presidente Lula.
Segundo a denúncia do MP, de 2011, Lula favoreceu o
BMG e buscou a “autopromoção” quando enviou cartas a aposentados e
pensionistas oferecendo crédito consignado. O ex-ministro da Previdência
Amir Lando também é réu no processo.
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