Por Reinaldo Azevedo
Está
em curso uma falácia, uma mentira, uma farsa!
Ontem, estava prevista a
participação de Márcio Thomaz Bastos e de Antonio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, num seminário na USP de Ribeirão Preto destinado a
debater, como é mesmo?, “a quebra dos princípios garantistas do STF” e
uma suposta mudança de jurisprudência na Casa.
O que isso quer dizer? É
uma tentativa de afirmar que o Supremo está realizando, no caso do
mensalão, um julgamento de exceção.
Infelizmente, por inocência e, às
vezes, ignorância bem intencionada, a imprensa está caindo na conversa,
noticiando, como se estivesse a anunciar algo positivo, que o Supremo,
desta feita, decidiu ser mais rigoroso. A mudança é uma patacoada, é uma
fantasia, um delírio. Já explico qual é a armação.
(...) De que diabos fala Márcio Thomaz Bastos? De que diabos falam os
ditos “intelectuais do PT” (como se isso fosse possível!), que agora
decidiram enviar uma “carta” aos ministros?
A primeira
questão diz respeito à corrupção passiva. Atenção! O Supremo não mudou
uma vírgula do seu entendimento a respeito, até porque existe uma lei
clara a mais não poder. Eu já transcrevi o artigo 317 do Código Penal
aqui umas 300 vezes.
(...)
Como resta
claro a qualquer pessoa alfabetizada e que não esteja movida pela
má-fé, um servidor público pode praticar corrupção passiva fora da
função ou mesmo antes de assumi-la. Logo, basta que exista a perspectiva
do ato de ofício — no caso dos políticos, a perspectiva do ato de
ofício é o VOTO.
(...)
Os
ministros do Supremo estão agindo, como é óbvio, dentro das balizas
legais. A gritaria do petismo e áreas afins — alimentadas pela prosa
ambígua de Lewandowski — é só a mobilização dos reacionários,
inconformados com o fato de que a Justiça, ora vejam!, está funcionando
no país.
Onde está o fim do garantismo?
Cadê a mudança de jurisprudência?
Por que não apontam o que seria o julgamento de exceção?
É uma piada!
Cadê a mudança de jurisprudência?
Por que não apontam o que seria o julgamento de exceção?
É uma piada!
Manifesto do oximoro
Mais uma vez, o oximoro viverá um dia de glória. Está para ser divulgada uma “carta de intelectuais petistas”. Huuummm… Ou bem se é petista ou bem se é intelectual. As duas coisas num só corpinho, como dizia padre Quevedo no Fantástico, no tempo de eu ser menino, “non ecziste!!!”
Mais uma vez, o oximoro viverá um dia de glória. Está para ser divulgada uma “carta de intelectuais petistas”. Huuummm… Ou bem se é petista ou bem se é intelectual. As duas coisas num só corpinho, como dizia padre Quevedo no Fantástico, no tempo de eu ser menino, “non ecziste!!!”
Intelectual que serve a partido é esbirro de projeto de poder.
Intelectual que pensa a serviço de uma legenda é escória. A única razão
de ser de um livre pensador é ser livre para pensar — não se
subordinando, pois, a verdades interessadas.
Essa gente
é doida por um abaixo-assinado. Se o PT cismar que Newton é um
adversário, eles assinam um manifesto contra a Lei da Gravidade.
Muito bem:
o tal grupo, que reúne ainda “artistas” (claro!), está preparando um
texto para ser entregue ao Supremo com críticas ao tom supostamente
espetaculoso do julgamento.
(...)
É um troço asqueroso! Notem que
essas manifestações se seguem ao grito de guerra que foi lançando pelo
PT. No comando dessa operação, estão Lula e José Dirceu. Eles não se
conformam com o fato de que possa haver uma justiça independente no
Brasil.
Como esquecer as palavras históricas do ex-deputado mensaleiro Paulo Rocha? “Ninguém está negando que houve os empréstimos fraudulentos, os repasses (…)”. Ocorre que, segundo o preclaro, os “ministros do Supremo não foram colocados (sic) para apenar como estão fazendo…”.
Como se
vê, ele admite a existência do crime. Ele só não se conforma é que os
criminosos sejam punidos. Tem de estrelar um filme de Barretão!
Resistam, senhores ministros do Supremo! Com a Constituição e as leis na mão! Os brasileiros decentes estão com a legalidade.
Leia a íntegra AQUI.
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