A ditadura de Chávez, apoiada pelo governo Dilma e por Lula, no detalhe
Por Reinaldo Azevedo
Abaixo,
publico um vídeo impressionante. Trata-se do depoimento da deputada
venezuelana Maria Corina num seminário promovido pela Faes (Fundación
para el análisis y los estudios sociales), uma ONG ligada ao Partido
Popular, da Espanha.
Há muitos
diagnósticos por aí sobre a ditadura venezuelana, mas creio que poucas
pessoas foram tão claras e objetivas ao sintetizar os pilares em que se
sustenta a ditadura chavista.
(...)
O
depoimento de Corina é importante para destacar que, mesmo dentro das
regras do jogo, a eleição não ocorre numa ambiente democrático.
E não se esqueçam: foi esse delinquente que Dilma resolveu
levar para o Mercosul, desprezando o tratado de fundação do grupo e as
regras internacionais.
Abaixo, a radiografia do poder chavista, segundo Corina:
1) Eleição para destruir o estado de direito – A deputada deixa claro que as eleições, na Venezuela, são um instrumento para solapar o próprio estado de direito. (...)
2) Uso do crime organizado pelo estado – O
próprio estado estimula a formação de milícias e de grupos criminosos. (...)
3) Controle dos meios de comunicação – Corina
lembra que, à diferença das antigas ditaduras latino-americanas, o
modelo chavista não opera a simples censura, que também existe. Os
jornalistas independentes vivem sob um regime de terror. Há os veículos
que servem ao governo, sob o controle de Chávez. O ditador fica no ar de
quatro a cinco horas por dia.
4) Destruição sistemática da capacidade produtiva do país –
Em nome do socialismo do século 21, a capacidade produtiva do país foi
destruída. (...)
5) Uso da globalização para consolidar a ditadura – Corina lembra, com acerto, que os neoditadores costumam ser os
críticos mais ácidos da globalização e, ao mesmo tempo, seus maiores
beneficiários.
(...)
Corina faz
uma brilhante síntese: essas novas ditaduras dão ao povo o direito de
votar, mas não o direito de eleger. E mostra como Chávez controlou o
sistema eleitoral do país. Três dados merecem destaque.
Servidores – quando o tirano chegou ao poder, havia 900 mil servidores federais; hoje, eles são mais de três milhões — num pais de 29 milhões (10,3%).
Eleitores fantasmas – Em dez anos, a população venezuelana cresceu 14%, mas os registros eleitorais cresceram 58%;
Controle pelo medo – Em 2004, a oposição conseguiu o número de assinaturas necessário para que se fizesse uma consulta popular para saber se o mandato de Chávez podia ou não ser revogado. A consulta ocorreu em agosto de 2004. Ele tinha só mais dois anos e meio de mandato, e 58,25% decidiram que ele poderia ficar até o fim. Sabem o que fez o tirano? Obrigou que a lista dos venezuelanos que apoiaram a consulta fosse tornada pública. Seus signatários foram implacavelmente perseguidos, perderam seus respectivos empregos públicos, foram impedidos de fazer negócios etc.
É esse o
governo que Dilma Rousseff decidiu receber de braços abertos no
Mercosul. O marqueteiro do tirano é João Santana, que cuidou da
reeleição de Lula, da eleição de Dilma e que faz agora a campanha de
Fernando Haddad.
O Babalorixá de Banânia gravou um vídeo para o Foro de
São Paulo apoiando, claro!, a reeleição do ditador. Já que vocês viram a
cara mais bela da democracia, contrastem com a carranca em defesa da
tirania.
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