O
ministro Joaquim Barbosa conclui hoje o seu voto sobre o envolvimento
de diretores do Banco Rural com o mensalão. Deve pedir a condenação de
todos eles. Em seguida, Ricardo Lewandowski, o revisor, dá início à
leitura de seu cartapácio. Muito bem! Há um grande ausente nesse
julgamento — ou dois: o BMG e o senhor Luiz Inácio Lula da Silva.
Sim,
diretores do banco estão sendo processados, mas na primeira instância.
Como se nota, o caso avançou mais depressa no STF — e “mais depressa”,
destaque-se, não quer dizer “rapidamente”. À época, o Ministério Público
decidiu esperar para analisar mais detidamente a situação do BMG. A
mim, confesso, soa incompreensível. Se sobram evidências — e sobram —
contra o Banco Rural, elas são verdadeiramente escandalosos no caso do
BMG.
Abaixo, reproduzo um excelente texto publicado pelo site Consultor Jurídico
sobre o envolvimento do BMG com o mensalão e a atuação pessoal de um
certo Luiz Inácio Lula da Silva.
Se hoje há um debate torto sobre a
suposta falta de “ato de ofício” para condenar alguns patriotas, no caso
do BMG, não falta nada: Lula praticou ato de ofício para beneficiar o
banco.
Leiam o texto. E se deve fazer a pergunta óbvia: por que o
ex-presidente não é um dos réus? Lembro que, hoje, ele não tem mais
prerrogativa de foro e pode ser processado na primeira instância.
O caso é
impressionante. Vocês verão que nada menos do que TCU, Polícia Federal e
Banco Central foram unânimes em apontar irregularidades.
(...)
*
Quatro diretores do BMG foram denunciados pela Procuradoria da República por gestão fraudulenta e falsidade ideológica. Na ação, Ricardo Guimarães, João Batista de Abreu, Márcio Alaôr de Araújo e Flávio Guimarães, os diretores do BMG, são acusados pelo Ministério Público Federal de liberar mais de R$ 43 milhões “mediante empréstimos simulados” ao PT e às empresas de Marcos Valério. As informações são da revista Época, que publicou reportagem sobre o assunto. O processo corre em segredo de Justiça na Justiça Federal de Minas Gerais.
Quatro diretores do BMG foram denunciados pela Procuradoria da República por gestão fraudulenta e falsidade ideológica. Na ação, Ricardo Guimarães, João Batista de Abreu, Márcio Alaôr de Araújo e Flávio Guimarães, os diretores do BMG, são acusados pelo Ministério Público Federal de liberar mais de R$ 43 milhões “mediante empréstimos simulados” ao PT e às empresas de Marcos Valério. As informações são da revista Época, que publicou reportagem sobre o assunto. O processo corre em segredo de Justiça na Justiça Federal de Minas Gerais.
O banco
não entrou na denúncia do mensalão, feita pelo então procurador-geral da
República, Antônio Fernando de Souza, porque o Ministério Público
considerou que deveria investigar melhor as relações do banco com o
governo petista.
“O BMG foi flagrantemente beneficiado por ações
do núcleo político-partidário, que lhe garantiram lucros bilionários na
operacionalização de empréstimos consignados de servidores públicos,
pensionistas e aposentados do INSS, a partir do ano de 2003”, diz Souza.
(...)
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