sábado, 15 de setembro de 2012

O fiador do Mensalão, garante Valério, era o próprio presidente da República

Marcos Valério e o Mensalão: O Caixa (1)

"O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo"

Marcos Valério, um dos cérebros do mensalão, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a pena pesada, falou a Rodrigo Rangel, da VEJA.

CAIXA DO MENSALÃO - As arcas do esquema passaram de pelo menos R$ 350 milhões de reais.

"Da SMP&B [agência de publicidade dele] vão achar só os R$ 55 milhões, mas o caixa era muito maior. 
O caixa do PT foi de R$ 350 milhões com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver [com as duas agências de publicidade dele. A outra agência: a DNA.] O caixa paralelo era abastecido com dinheiro oriundo de operações tão heterodoxas quanto os empréstimos fictícios tomados por suas empresas [deles, Valério] para pagar políticos aliados do PT. "Muitas empresas davam via empréstimos, outras não".

O fiador dessas operações, garante Valério, era o próprio presidente da República.


Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar rastros. Muitos empresários, segundo Valério, se reuniam com o presidente, combinavam contribuições e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista.

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