Minha Casa, Minha Vida: no Ceará, MPF vai à Justiça para evitar expulsão de 3.200 pessoas
Josias de SouzaNo município de Caucaia, assentado na região metropolitana de Fortaleza, o programa habitacional do governo federal mudou de nome. Chama-se Minha Casa, Meu Tormento. O sonho do teto próprio virou pesadelo para 3.200 pessoas.
A encrenca envolve quatro condomínios financiados com verbas da Caixa Econômica Federal. As obras foram paralisadas em fase final de acabamento. Impacientes, famílias cadastradas no programa oficial ocuparam as casas.
A Caixa foi à Justiça. Em 5 de setembro, o juiz federal Kepler Gomes Ribeiro concedeu liminar determinando a desocupação dos condomínios. Para evitar a expulsão, o procurador da República Oscar Costa Filho decidiu recorrer.
As famílias informam que desejam celebrar um acordo com a Caixa. Querem permanecer nas casas, submetendo-se às regras de financiamento do Minha Casa, Minha Vida. Dito de outro modo: desejam pagar pelos imóveis.
Para o procurador Oscar Filho, o desalojamento de 3.200 pessoas produzirá “impactos sociais irreversíveis”. Acha que, em vez de expulsar, a Caixa deveria levar em conta que os ocupantes das casas encontram-se devidamente cadastrados no Minha Casa, Minha Vida e analisar a “possibilidade de regularização” das moradias.
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