Banqueiros que não cobram
Miriam Leitão, O GloboNão existe banco assim. Banco que empresta sem dados cadastrais completos, com garantias sem valor legal, e que aceita a mesma garantia para empréstimos diferentes. Banco normal não libera dinheiro sucessivamente para a mesma empresa para cobrir um empréstimo não pago e não classifica como A ou B um crédito não pago por vários anos. Mas assim o Rural fez.
Para o relator Joaquim Barbosa, os empréstimos foram simulados. O revisor avisou que não iria dizer que os empréstimos não existiram, mas acha que os dirigentes do banco se comportavam como se fossem uma doação.
A então presidente do banco Kátia Rabello, defendida pelo ex-ministro José Carlos Dias, e o vice-presidente José Roberto Salgado, defendido pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, já amargam dois votos pela condenação por gestão fraudulenta de instituição financeira.
O relator mostrou como os mensalões se conectam através da parceria Marcos Valério e Banco Rural.
Empréstimo anterior concedido à DNA propaganda, e que está sendo investigado no caso que envolve o ex-governador de Minas, pelo PSDB, Eduardo Azeredo, não foi pago pela empresa de Marcos Valério. Era de R$ 13 milhões e foi liquidado por R$ 2 milhões.
Mesmo tendo tido esse prejuízo, o banco deu novos e vultosos empréstimos às empresas do mesmo grupo e aceitou o aval do empresário no empréstimo ao PT. E os renovou quando não foram pagos. No caso do PT, foram 10 renovações.
Leia a íntegra em Banqueiros que não cobram
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