Por Fernando Dantas, no Estadão:
O Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro voltou a decepcionar no segundo trimestre deste ano,
crescendo somente 0,4% (1,6% em termos anualizados), comparado ao
trimestre anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado,
que ocorreu mesmo com forte redução dos juros e diversas medidas
tributárias e creditícias de estímulo adotadas desde o segundo semestre
do ano passado, consolida o pessimismo em relação ao crescimento em
2012, levando a projeções de 1,5% no ano ou até menos.
Os dados do PIB do segundo trimestre foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foi o que se previa, um desempenho ruim, e o segundo semestre não parece nada tranquilo, dadas as sinalizações de julho e agosto”, diz Sérgio Vale, economista da MB Associados. Ele reviu a projeção do ano de 1,5% para 1,3%, e prevê crescimento da apenas 3% em 2013.
Na ponta mais otimista, há análises como a do departamento de pesquisa de mercados emergentes do banco inglês Barclays, para o qual “o pior da atividade já ficou para trás e a recuperação já está começando a emergir no Brasil”. O relatório cita a queda de estoques de veículos como fator positivo para o terceiro trimestre.
Em relação ao mesmo período de 2011, a expansão no segundo trimestre foi de apenas 0,5%, pior resultado desde o terceiro trimestre de 2009, em plena crise global.
Recuos na indústria, nos investimentos e nas exportações foram os principais responsáveis pelo mau resultado do PIB no segundo trimestre. Essa retração foi contrabalançada pelo ritmo apenas moderado de crescimento dos serviços e do consumo das famílias, insuficiente para produzir um resultado mais animador do PIB total no segundo trimestre.
O único bom desempenho ficou por conta da agropecuária, que cresceu 4,9% (21% anualizado) no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, livre de influências sazonais. O setor foi puxado pelo crescimento das safras de milho, café e algodão. Porém, representando apenas 5,5% do PIB, a agropecuária não fez forte diferença no resultado total.
(…)
Os dados do PIB do segundo trimestre foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foi o que se previa, um desempenho ruim, e o segundo semestre não parece nada tranquilo, dadas as sinalizações de julho e agosto”, diz Sérgio Vale, economista da MB Associados. Ele reviu a projeção do ano de 1,5% para 1,3%, e prevê crescimento da apenas 3% em 2013.
Na ponta mais otimista, há análises como a do departamento de pesquisa de mercados emergentes do banco inglês Barclays, para o qual “o pior da atividade já ficou para trás e a recuperação já está começando a emergir no Brasil”. O relatório cita a queda de estoques de veículos como fator positivo para o terceiro trimestre.
Em relação ao mesmo período de 2011, a expansão no segundo trimestre foi de apenas 0,5%, pior resultado desde o terceiro trimestre de 2009, em plena crise global.
Recuos na indústria, nos investimentos e nas exportações foram os principais responsáveis pelo mau resultado do PIB no segundo trimestre. Essa retração foi contrabalançada pelo ritmo apenas moderado de crescimento dos serviços e do consumo das famílias, insuficiente para produzir um resultado mais animador do PIB total no segundo trimestre.
O único bom desempenho ficou por conta da agropecuária, que cresceu 4,9% (21% anualizado) no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, livre de influências sazonais. O setor foi puxado pelo crescimento das safras de milho, café e algodão. Porém, representando apenas 5,5% do PIB, a agropecuária não fez forte diferença no resultado total.
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