Na semana passada,
reportagem da VEJA informou que o publicitário Marcos Valério revelou quem era o verdadeiro chefe do mensalão. E que isso está registrado em video.
O PT
convocou a militância para guerra, mas não revelou exatamente
contra o quê, afinal, Lula não desmentiu Valério.
Leia
trecho de reportagem de Daniel Pereira e Rodrigo Rangel na VEJA desta
semana.
(…)
A revelação dessas conversas por VEJA desnorteou o PT. Lula, um notório entusiasta do debate em público preferiu o silêncio ao ser confrontado com as novas informações.
A revelação dessas conversas por VEJA desnorteou o PT. Lula, um notório entusiasta do debate em público preferiu o silêncio ao ser confrontado com as novas informações.
Não
rechaçou o que Valério contou nem tentou desqualificá-lo.
Dirceu e
Delúbio seguiram o chefe. Não foi à toa. Segundo aliados, Lula não quer
desafiar Valério, que não teria mais nada a perder. Além disso, teme que
o empresário revele mais detalhes se provocado. Rebatê-lo agora, sem
saber do arsenal à disposição de Valério, seria uma estratégia de
altíssimo risco. A palavra de ordem é não comprar briga com o pivô
financeiro do mensalão.
Contra-ataques, só em cima dos alvos de sempre,
aqueles aos quais os petistas recorrera, como uma conveniente muleta,
toda vez que são pilhados em irregularidades.
Essa
estratégia foi seguida à risca. Na segunda-feira, o PT divulgou uma nota
conclamando a militância para “uma batalha do tamanho do Brasil” — no
caso, a defesa do partido e do ex-presidente. O texto não faz menção às
confissões de Valério. Ou seja: não explica do que Lula deve ser
defendido.
Na quinta-feira, outra nota foi publicada. Ela retoma a tese
de que o mensalão e seus desdobramentos não passam de uma conspiração
urdida pela oposição e por setores da imprensa para tirar o PT do
comando do país por meio de um golpe. Esse golpe seria alimentado com a
divulgação de denúncias sem provas.
Quais denúncias? A redação petista
não teve coragem, de novo, de citar as confissões de Valério,
providencialmente esquecido.
Fala de uma “fantasiosa matéria veiculada
pela Revista Veja”. Fantasiosa, por ora, só a nota do PT. Ela foi
elaborada pelo presidente da sigla, Rui Falcão. Em seguida, ele ligou
para os presidentes de cinco partidos e pediu-lhes que subscrevessem o
texto. Não se tratou de uma solidariedade espontânea. Muito pelo
contrário.
(…)
(…)
Leia íntegra da reportagem na edição impressa.
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