domingo, 23 de setembro de 2012

QUANDO A VERDADE APARECE, "TEM GENTE QUE FOGE" E USA A BASE "AJOELHADA" COMO ESCUDO

Na semana passada, reportagem da VEJA informou que o publicitário Marcos Valério revelou quem era o verdadeiro chefe do mensalão. E que isso está registrado em video.
O PT convocou a militância para guerra, mas não revelou exatamente contra o quê, afinal, Lula não desmentiu Valério.
Leia trecho de reportagem de Daniel Pereira e Rodrigo Rangel na VEJA desta semana.

(…)
A revelação dessas conversas por VEJA desnorteou o PT. Lula, um notório entusiasta do debate em público preferiu o silêncio ao ser confrontado com as novas informações. 

Não rechaçou o que Valério contou nem tentou desqualificá-lo. 

Dirceu e Delúbio seguiram o chefe. Não foi à toa. Segundo aliados, Lula não quer desafiar Valério, que não teria mais nada a perder. Além disso, teme que o empresário revele mais detalhes se provocado. Rebatê-lo agora, sem saber do arsenal à disposição de Valério, seria uma estratégia de altíssimo risco. A palavra de ordem é não comprar briga com o pivô financeiro do mensalão. 

Contra-ataques, só em cima dos alvos de sempre, aqueles aos quais os petistas recorrera, como uma conveniente muleta, toda vez que são pilhados em irregularidades.

Essa estratégia foi seguida à risca. Na segunda-feira, o PT divulgou uma nota conclamando a militância para “uma batalha do tamanho do Brasil” — no caso, a defesa do partido e do ex-presidente. O texto não faz menção às confissões de Valério. Ou seja: não explica do que Lula deve ser defendido. 

Na quinta-feira, outra nota foi publicada. Ela retoma a tese de que o mensalão e seus desdobramentos não passam de uma conspiração urdida pela oposição e por setores da imprensa para tirar o PT do comando do país por meio de um golpe. Esse golpe seria alimentado com a divulgação de denúncias sem provas. 

Quais denúncias? A redação petista não teve coragem, de novo, de citar as confissões de Valério, providencialmente esquecido.  

Fala de uma “fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja”. Fantasiosa, por ora, só a nota do PT. Ela foi elaborada pelo presidente da sigla, Rui Falcão. Em seguida, ele ligou para os presidentes de cinco partidos e pediu-lhes que subscrevessem o texto. Não se tratou de uma solidariedade espontânea. Muito pelo contrário.
(…)
 
Leia íntegra da reportagem na edição impressa.

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