segunda-feira, 17 de setembro de 2012

QUE RELIGIOSOS E FIÉIS EXIJAM RESPEITO!!!

Em 2010, durante a campanha presidencial, aconteceu algo que jamais poderíamos imaginar tempos atrás, que em pleno século XXI, era da tecnologia, temas religiosos fossem polemizados pelos candidatos.

A princípio foram os evangélicos, ligados à então candidata Marina Silva, que trouxeram à baila a declaração de Dilma Rousseff, divulgada em video, favorável ao aborto. 
Alguns religiosos católicos também manisfestaram sua indignação com a opinião de Dilma e com o programa do partido que defende a legalização do aborto. Esse fato por si só mostra a incoerência da Igreja quando apoia os candidatos do PT.

No caso dos católicos, foram execrados publicamente, inclusive pelo tom de deboche do ex-presidente Lula em seus discursos palanqueiros. 
Podemos rever alguns momentos AQUI, AQUI e AQUI.

O jornalista Reinaldo Azevedo também tem abordado esse tema, sempre lembrando dos ataques do PT contra os religiosos, como fez no texto Os evangélicos, a imprensa, Haddad e a cobertura desavergonhada. Ou: Evangélicos, exijam respeito! Não se deixem enganar por trapaceiros eleitorais que, no fundo, os desprezam!

Leiam trecho:
Em 2010, católicos e evangélicos se uniram contra a legalização do aborto e deram início a uma campanha para que os brasileiros não votassem em candidatos que defendessem a proposta. A imprensa engajada, fazendo-se de isenta e leiga, armou um salseiro danado. Acusou o então candidato a presidente, José Serra (PSDB), de ter dado início a uma ação subterrânea para ligar a adversária petista, Dilma Rousseff, à defesa da legalização do aborto — como se ela, de fato, não fosse favorável à proposta. E ela era! Cansou de dar entrevistas a respeito. A acusação, de resto, era falsa.

A abordagem foi tão estúpida, tão cretina, tão obscurantista que até um ato claro de censura da Justiça Eleitoral foi tomado como o sumo da democracia: panfletos impressos por um grupo católico que recomendavam que não se votasse em candidatos favoráveis ao aborto foram recolhidos. A Polícia Federal foi mobilizada para recolher os papéis. Pessoas foram detidas por simplesmente portar um folheto. E tudo pareceu ao jornalismo filopetista justo, civilizado e democrático. Não! Aquilo era coisa típica de uma sociedade ditatorial, o que não somos — daí o absurdo adicional.
(...)

Em seu artigo mais recente sobre o assunto, lembra que Chefe da campanha de Russomanno ainda não se desculpou com católicos e evangélicos pela mentira que contou sobre kit gay de Fernando Haddad 

Vamos botar as coisas no seu devido lugar. No ano passado, Marcos Pereira, presidente do PRB, coordenador da campanha de Celso Russomanno à Prefeitura e “bispo” da Igreja Universal, escreveu um artigo atribuindo os kits gays preparados pela gestão de Fernando Haddad no MEC à Igreja Católica.  

Trata-se de uma mentira, pela qual o rapaz não se desculpou. Os kits gays são um lixo pedagógico — trata-se de puro proselitismo elaborado por ONGs militantes, não de combate à homofobia — e nada têm a ver com a Igreja Católica.
  
O texto voltou a circular nas redes sociais, no ambiente de partidários da candidatura Russomanno. Dom Odilo Scherer, cardeal da Arquidiocese de São Paulo, reagiu. E fez muito bem! Publicou uma nota, que está sendo lida nas missas católicas, repudiando o ataque mentiroso feito pelo homem de Macedo, que cuida da candidatura de Russomanno.

Alguns tontos estão tentando ver nisso uma guerra religiosa. Uma ova! Não se trata de um confronto entre católicos e evangélicos, não! Até porque a igreja criada por Macedo representa apenas uma parcela dos evangélicos — e está muito longe de ser a maior. Lembro, por exemplo, que, quando os católicos tiveram símbolos seus agredidos numa parada gay, no passado, Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus, reagiu em defesa dos católicos.

Dom Odilo está repudiando o uso político-partidário da religião. E está certo nisso! Os cristãos, não importa a sua denominação, podem e devem se mobilizar em defesa de seus valores nas eleições. Assim se faz em todo o mundo democrático. Mas é preciso repudiar o uso eleitoreiro da fé, especialmente quando ele vem ancorado na inverdade.

Observo que, até agora, Pereira, o coordenador de Russomanno, não pediu desculpa aos católicos. Aliás, ele precisa se desculpar também com os fiéis da Universal, que não podem conviver com a mentira que ele espalhou.

PS – O texto mentiroso de Pereira está na página oficial de Edir Macedo, o que não me espanta.

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