Principal líder católico de São
Paulo, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano, recusou-se a
receber Celso Russomanno (PRB) antes do debate que a arquidiocese vai
promover entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, amanhã. A
audiência com o religioso era uma tentativa de Russomanno para encerrar a
recente polêmica entre sua campanha e a igreja. Ele pediu ontem a
conversa com Scherer para discutir a recente ofensiva da Arquidiocese de
São Paulo contra sua candidatura, condicionando a ida ao debate
promovido pela arquidiocese ao encontro com o cardeal.
No final
da tarde, o arcebispo respondeu ao deputado estadual Campos Machado
(PTB), coordenador político da campanha de Russomanno, que está com a
agenda “muito carregada” e que estudaria uma data para recebê-lo “nos
próximos dias”. A resposta foi mal recebida no comitê de Russomanno, que
não deve ir ao debate. “Se ele ainda vai estudar, esse atraso vai
impedir que a verdade venha à tona. A gravidade do fato merecia que a
gente se reunisse o quanto antes”, disse Machado.
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No último domingo, dom Odilo orientou os padres de cerca de 300 paróquias a ler na missa um texto sobre "voto consciente", com críticas veladas à candidatura do líder da corrida eleitoral. A leitura foi resposta a um artigo do presidente do PRB e coordenador da campanha de Russomanno, Marcos Pereira, que ligava a Igreja Católica à distribuição de cartilha anti-homofobia, batizado por evangélicos de "kit gay", elaborado pelo Ministério da Educação na gestão de Fernando Haddad, hoje candidato do PT à prefeitura.
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