quarta-feira, 31 de outubro de 2012

QUEM AINDA ACREDITA QUE LULA, O PODEROSO, NÃO SABE DE NADA?


Sei não… Acho que a ex-mulher de Dirceu foi escalada para enviar um recado ao Apedeuta: “Ele está pagando pelo Lula. Ou você acha que o Lula não sabia das coisas…?”

É…
Interessante um texto publicado hoje no Estadão, de Débora Bergamasco.  Ela entrevista Clara Becker, 71, a primeira mulher de José Dirceu, com quem ele ficou casado quatro anos.  Só que usava nome falso: Carlos Henrique Gouveia de Mello. Veio a anistia, ele olhou pra ela, disse o famoso “eu não sou eu” e se mandou. Mas ela o perdoou, a a gente nota!  É a mãe do deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).
Clara e Dirceu, tudo indica, estão em permanente contato. Mãe do deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), que já demonstrou ter herdado um pouco da, vá lá, esperteza do pai, é certo que ela não concederia uma entrevista sem a autorização do ex-marido. Dada a delicadeza da coisa, em casos assim, o entrevistado — ou quem negocia em seu nome… — costuma ter algum controle sobre o que sai publicado. Em suma, estou inferindo que Dirceu sabia, sim, o que Clara iria dizer. E o que ela disse? Que tal isto?
“Se ele [Dirceu] fez algum pecado, foi pagar para vagabundo que não aceita mudar o País sem ganhar um dinheiro (…) Se ele pagou, foi pelos projetos do Lula, que mudou o Brasil em 12 anos”. Referindo ao ex-marido e a Genoino, manda brasa: “Eles estão pagando pelo Lula. Ou você acha que o Lula não sabia das coisas, se é que houve alguma coisa errada? Eles assumiram os compromissos e estão se sacrificando”
Sou quase tentado a ver a mão de advogado em certas declarações: “Se ele fez algum pecado…; se é que houve alguma coisa”… Dirceu pode estar tão no controle do que foi publicado que há até passagens nas quais ele não aparece exatamente bem — ao menos segundo a, digamos, moral convencional. Um bom despiste. Querem ver?
Quando o tal Carlos falou que era Dirceu e que suas prioridades eram outras, não houve uma separação imediata. Leiam este trecho:
Para ela, o único golpe foi ir a São Paulo e encontrar cabelos pretos de mulher no banheiro. Descobriu que era traída. “O Dirceu me disse: ‘Se eu tenho outra é um problema, agora se a gente vai se separar é outra questão’. E eu: ‘Não, senhor, acabou aqui, cara’. Peguei minhas coisas, o moleque pela mão e fui embora. Hoje, me arrependo, se eu não tivesse deixado o campo limpo, estaria com ele…”, imagina.
Huuumm… O sujeito de duas caras e de dois nomes também ambicionava ter ao menos duas mulheres. Parece que ele tentou ali negociar uma relação política com a companheira, que passava pela traição consentida. Ele tinha um jeito bem pouco convencional de entender também a República… Essa frase permite algumas permutas, como esta: “Seu eu corrompi alguém, é um problema; se eu vou ser punido, é outro problema”.
A reportagem termina assim:
Em um de seus últimos encontros com o ex-marido, Clara o fez chorar: “Eu disse a ele: ‘A nossa ampulheta está acabando, você não se tocou, hein, garoto? Mas se um dia você precisar de mim, eu venho cuidar de você’. Ele ficou todo apaixonado e prometeu que ia me comprar um cordão de ouro igual ao que o ladrão me roubou. Mas não comprou, né, só falou…”
Entendo.
Algo de atrapalhado se passa nos porões do petismo. Marcos Valério, como revelou VEJA, quer discutir o benefício da delação premiada. E a mãe do filho de Dirceu, um deputado federal que nada tem de ingênuo, decide dizer que, se o ex-marido fez algo de errado, Lula sabia de tudo. Ninguém duvida disso, é evidente. A questão é saber que peso isso tem vindo de Dirceu e qual é a o preço.
Por Reinaldo Azevedo

Presidente do PT diz que partido não punirá mensaleiros




Mão na cabeça. O ex-ministro José Dirceu ao votar no primeiro turno: os petistas preferem não puni-lo
Foto: O Globo / Michel Filho


Votação de Genoino causou tumulto em São Paulo
Foto: Eliária Andrade/Agência O Globo

O Globo


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta terça-feira que não haverá punição e que o PT não tomará qualquer medida contra os políticos petistas condenados no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Falcão alegou que as condenações impostas a parlamentares e políticos do PT não fazem parte dos casos de punição elencados no estatuto partidário.

O estatuto do PT, no inciso XII do artigo 231, prevê que a pena de expulsão do partido deve ser aplicada quando ocorrer “condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado”. Para Falcão, os casos dos companheiros condenados não se aplicam ao estatuto.

— Quem aplica o estatuto somos nós. E esse caso não se aplica — disse Falcão. 

OPOSIÇÃO REDUZIDA, COMO QUIS O ELEITOR, TENTA SUPERAR O TRATORAÇO DO GOVERNO


GOVERNO DECRETA O FIM DA CPMI CACHOEIRA

"Logo mais às 10 horas a maioria governista na CPMI Cachoeira passa o rolo. A orientação do governo decreta o fim das investigações e joga para debaixo do tapete o lixo da corrupção monumental que tem a empresa Delta como matriz de esquema que contou com Cachoeira como grande lobista, e que deu origem à constituição de empresas laranjas e envolveu agentes públicos até agora impunes. Trata-se de monumental desvio de recursos públicos. Cabe-nos agora, a preparação de relatório reunindo o material de prova recolhido e a indicação das empresas laranjas que não tiveram sigilo bancário quebrado e portanto não foram investigadas. Protocolaremos representação na Procuradoria Geral da Republica pedindo a instauração dos procedimentos judiciários para a responsabilização civil e criminal dos envolvidos."
Senador Álvaro Dias

CPI DA VINGANÇA JÁ ATENDEU AOS DESÍGNIOS DO SENHOR... LULA

A base governista na CPI do Cachoeira impediu, nesta quarta-feira, a votação de novas quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico ou pedidos de convocação e apresentou requerimento para prorrogar os trabalhos por 45 dias. Nesse período, a CPI só irá discutir o relatório final do deputado Odair Cunha (PT-MG), nenhum novo pedido de informação ou de oitiva será aprovado. Cunha irá apresentar seu texto no dia 20 de novembro.

A oposição já admite que não tem como conseguir o apoio de 171 deputados e 27 senadores para prorrogar a CPI por mais 180 dias, o que possibilitaria avançar nas investigações.

"É muito difícil chegar", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Na hipótese remota de reunir o apoio, a oposição leva vantagem porque é considerado o requerimento com o maior prazo. Ou seja, o requerimento dos governistas pedindo prorrogação por 45 dias seria desconsiderado. Mesmo assim, como os governistas tem maioria, cabe a eles definir a pauta. Ou seja, o relatório final poderia ser colocado em votação a qualquer tempo.

O movimento dos governistas, liderados por PT e PMDB, de não votar os mais de 500 requerimentos que estão na pauta na reunião desta quarta provocou um debate na comissão.

"Estamos determinando o fim da CPI sem investigar esse monumental esquema de corrupção. O relatório final será uma pizza gigante", afirmou o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR).

"Penso que tem que haver limite entre o tratoraço e o que está sendo feito aqui", disse Lorenzoni.

"Estamos jogando o lixo para debaixo do tapete e o lixo está fedendo", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT).

A oposição insiste em investigar empresas fantasmas ligadas a empreiteira Delta, que poderiam revelar um braço do esquema Cachoeira em São Paulo, envolvendo outras empreiteiras. Os oposicionistas também defendem investigar as relações do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), com o empresário Fernando Cavendish, da Delta. "Ele não foi citado por Cachoeira uma única vez", defendeu o Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

"Não vamos investigar porque ele é o principal governador do PMDB?", reagiu o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

A oposição quer ouvir, ainda, o tesoureiro da campanha de Dima Rousseff, o deputado José de Filipi (PT-SP). O ex-presidente do Dnit, Luiz Pagot, disse à CPI que foi procurado por Filipi na época da campanha com pedido para que listasse empresas que poderiam doar para a campanha de Dilma e que tinham contratos com o órgão responsável por investir nas estradas. Pagot disse à CPI que o pedido foi "aético". 

(Folha Poder)

Reunião para prorrogar CPI do Cachoeira termina sem acordo

Foto

Chico de Góis, O Globo

Depois de quase três horas de reunião e muita discussão, representantes da oposição e da base governista na CPI do Cachoeira não chegaram a um entendimento a respeito da prorrogação dos trabalhos.

Enquanto a oposição insistia em manter as investigações por mais 180 dias, os governistas queriam liquidar o assunto logo, aceitando adiar por apenas mais 48 dias, no máximo, ou seja, até o encerramento do ano legislativo, em 22 de dezembro.

A oposição acusou o governo de querer impedir investigação dos contratos da Delta e repasses de recursos feitos pela construtora. 

Dilma planeja reforma ministerial 'restrita' para abrigar aliados

O Globo

A presidente Dilma Rousseff deve fazer uma mudança de "pequena extensão" em seu primeiro escalão até o início do próximo ano e "restrita" a ajustes para reacomodar sua base aliada, segundo fontes do Palácio do Planalto.

Além de abrir espaço para acomodar o PSD, partido criado pelo atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, Dilma deve ampliar em um ministério a cota do PMDB na Esplanada.

Hoje com cinco pastas --Minas e Energia, Agricultura, Previdência, Turismo e Assuntos Estratégicos-- o PMDB se queixa de ter sua força subdimensionada no primeiro escalão, com poucos ministérios importantes, e pede a ampliação de seu espaço há pelo menos um ano. 





"LUA DE MEL" DOS DEMOLIDORES DA IMAGEM DE JOSÉ SERRA, BANCADA POR QUEM OS ELEGEU


Por Evandro Spinelli, na Folha:

Gilberto Kassab (PSD) e Fernando Haddad (PT) devem passar alguns dias juntos em Paris em novembro. Kassab convidou seu sucessor para, juntos, defenderem a candidatura de São Paulo à World Expo 2020, exposição mundial de projetos urbanos na sede do Bureau Internacional das Exposições (BIE), na capital francesa. A presidente Dilma Rousseff (PT) também deve participar do evento, marcado para 20 de novembro. Dilma e Kassab acertaram a participação da presidente em um encontro no Palácio do Planalto, em julho.
Haddad informou ontem que tem a intenção de viajar. Nos próximos dias, as equipes do atual e do futuro prefeito vão acertar os detalhes. Confirmando a presença de Dilma, crescem as chances de Haddad participar da viagem e da cerimônia. As despesas do prefeito eleito, inclusive, podem ser pagas pela prefeitura. Os detalhes serão definidos até a semana que vem pela Secretaria de Relações Internacionais do município.
(…)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

TODOS PELO PT, QUEM TEM CORAGEM DE SER CONTRA?

Sou totalmente contrária aos pensamentos e às ações dos petistas, mesmo antes do partido existir, pois já conhecia pessoas com esse tipo de ideias quando eu ainda era estudante, com as quais, aliás, jamais tive qualquer afinidade. Óbvio que entraram no partido assim que foi criado.

Não gosto do que chamam de ideais "progressistas", repudio a truculência, a arrogância de achar que têm o direito de vencer sempre uma discussão no grito - quando não é na porrada - da patrulha, do jogo sujo, da usurpação do discurso alheio que acaba cooptando apoios como quem encosta na parede, da cara de pau de lançar programas de terceiros e propagar que são seus, enfim, é um horror.

Mas os pontos positivos não podem ser negados, um deles é que não desistem nem fazem corpo mole. 

A militância nunca desanima, como fazem os eleitores de seus adversários. 

E o mais importante, lula perdeu uma eleição atrás da outra, era um desastre ambulante, mas ninguém o abandonou. 

Nem considero o mau gosto, mas vale a persistência.

Eu acompanho os que consideram a oposição ao PT fraca demais, com raras exceções, como é o caso do senador Álvaro Dias, mas o eleitorado que diz fazer oposição ao PT também não está com essa bola toda. 

No primeiro sinal de derrota, pega as malas e se manda para o litoral ou talvez Paris.
Ao invés de assumir com coragem a defesa de um candidato que tenha condições de derrotar o PT, entrega o ouro aos bandidos despejando suas insatisfações com ofensas e xingamentos fora de hora.
Prefere seguir "modinha", ou "tendências" que é mais chic, mesmo sabendo que do outro lado a militância votará em peso no candidato do partido.
Se os políticos precisam mudar, o eleitor também é responsável por seus atos, não tem inocente nesse balaio.

Abaixo, imagens com trechos de matéria de Reinaldo Azevedo 
"Mais a petralhada grita, mais animado eu me sinto para a batalha da razão!"









Escrevo, sim, e escrevo com gosto, na contramão de certos consensos porque não tenho satisfações a prestar àqueles que se pretendem meus juízes, ora bolas! Tampouco me deixo patrulhar pelo sentimento de culpa que os petistas pretendem inculcar nos grandes veículos de comunicação, permanentemente acusados de ter preconceito contra o partido. Intimidados pelo clamor militante, alguns deles resolvem provar, então, que seus detratores estão errados, fazendo-lhes a vontade. Comigo, esse tipo de coisa não funciona porque não reconheço a legitimidade daquele tribunal...


Votação de Genoino causou tumulto em São Paulo
Foto: Eliária Andrade/Agência O Globo
Recuso o seu entendimento do que seja Justiça, e os episódios ligados ao mensalão — incluindo a pancadaria promovida pelos fascistoides de José Genoino...

Rejeito o seu modo de disputar eleições, que só entende a linguagem da sujeição dos aliados e da destruição do adversário, que pode passar a ser um amigo no dia seguinte (como ocorre agora com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab) — desde que faça tudo direitinho e que reze segundo a cartilha da hegemonia elaborada pelo partido. 






Excomungo o seu jeito de entender as alianças políticas.
Só o petismo tenta transformar esses arreganhos fisiológicos numa categoria política superior. 
Já escrevi aqui: eles querem uma OAB do PT, um sindicalismo do PT, uma economia do PT, uma cultura do PT, uma arte do PT… Execro sua visão autoritária e intolerante, incapaz de conviver com a crítica — de longa tradição da imprensa brasileira que se respeita — e sempre ocupada em buscar mecanismos oblíquos de censura. Abomino o uso descarado que faz o partido dos bens públicos em benefício dos seus e do seu projeto de poder, como se viu outra vez nesta eleição.
Política e políticos assim não me servem e não servem ao país.
*



Eu me pergunto: que tipo de gente, que tipo de mentalidade, que tipo, em suma, de caráter usa um caso tão grave e tão dramático como a VIOLÊNCIA para fazer puro proselitismo e para começar a jogar o xadrez da sucessão estadual? 

Estamos falando de vidas humanas; estamos falando da tranquilidade (ou desassossego) das famílias; estamos falando da vida de milhares de policiais, da de seus filhos, mulheres, mães… 

GRANDES VITORIOSOS NA ELEIÇÃO DE SÃO PAULO









HADDAD E KASSAB FIZERAM O ELEITOR DE BOBO

O PT mentiu tanto na campanha, bobo é quem ainda acredita no que petista diz.
Como escreveu Reinaldo Azevedo: "Kassab teria sido tão ruim, mas tão ruim!, que Dilma quer lhe dar um ministério."



Carolina de Freitas na VEJA.com:

Agora, Kassab elogia Haddad: ‘É capacitado, inteligente e tem formação moral’
Em mais um passo rumo à franca aproximação com o PT, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), fez rasgados elogios nesta terça-feira ao seu futuro sucessor: “Fernando Haddad é uma pessoa capacitada, inteligente, com boa formação moral, boa formação técnica e experiência na vida pública”, afirmou. “São Paulo estará em ótimas mãos. Tenho certeza que, daqui a quatro anos, ele vai entregar uma cidade melhor.”
Até o domingo, Kassab apoiava a candidatura de José Serra (PSDB) à prefeitura. O tucano usava como mote de sua campanha as frases: “Haddad é ruim de serviço” e “Ele não está preparado”. 
Já o petista passou a campanha inteira atacando a gestão de Kassab.
(...)
“O que está em curso não será descontinuado de nenhuma maneira. Queremos promover uma passagem de governo com toda tranquilidade, sem nenhum solavanco e com os serviços públicos sendo prestados normalmente”, disse Haddad. 
“Pretendo manter os programas da prefeitura que vêm correspondendo aos anseios da população.”
Aliança
O encontro entre Kassab e Haddad acontece em um cenário de aproximação do prefeito com o PT. Em São Paulo, os dois políticos já deixaram clara a disposição de ter na base da administração Haddad o PSD, partido fundado e presidido por Kassab. 
Em Brasília, há articulações em curso para dar um ministério a Kassab quando ele deixar a prefeitura. 

"CORPO-MOLE" AFETOU QUEM TRABALHA SEM PARAR - QUEM NÃO PLANTOU, VAI COLHER O QUE?


Os erros das pesquisas de intenção de voto, o número recorde dos que não votaram em ninguém e a arrogância

Por Reinaldo Azevedo
Houve uma abstenção inédita em São Paulo, como todo mundo sabe: 19,99% dos que podiam votar simplesmente não compareceram às urnas no segundo turno. Somados aos que votaram em branco (4,34%) e aos que anularam o seu voto (7,26%) — e hoje ninguém mais anula sem querer —, tem-se a soma fabulosa de 31,59%. De um eleitorado composto de 8.619.170, nada menos de 2.722.795 pessoas preferiram não votar em ninguém: ou não compareceram às urnas (a maioria), ou disseram que tanto fazia um como outro (a minoria do grupo) ou que nem um nem outro (o grupo intermediário). Muito bem. Dito isso, avancemos um pouco com outro dado.
Computadas as urnas, Serra obteve 44,43% dos votos válidos, contra 55,57% de Fernando Haddad, uma diferença de 11,14 pontos percentuais. No dia da eleição, o Estadão estampou a pesquisa Ibope, com margem de erro de três pontos para mais ou para menos: o petista venceria o tucano por 59% a 41%. 
(...)
Atenção! Quatro dias antes do pleito, no dia 24, o Datafolha havia apontado uma diferença de nada menos de 20 pontos nos votos válidos — quase o dobro daquela que se viu de fato.
Desmotivação e abstenção
Escrevi ontem que certa desordem partidária — ideológica e conceitual também — provocada pelo fator Kassab certamente responde por boa parte daquelas quase 32% que preferiram não escolher ninguém. Os motivos estão lá expostos. Não vou repisar argumentos. Mas é claro que não pesou só esse elemento.
Ora, quando jornais afirmam, a quatro dias da eleição, que há uma diferença de enormes 20 pontos entre os candidatos, tenho como certo que provocam também a deserção de muitos eleitores do candidato que será fatalmente derrotado. Muitos se perguntaram — e eu mesmo ouvi essa indagação retórica de quem preferiu usar o domingo para passear: 
“Votar pra quê? Já está decidido mesmo!”
Os institutos têm as tais margens de erro justamente para acomodar a possibilidade do… erro! Se as extrapolam, alguma explicação tem de ser dada. Mas não se viu uma só — nem no primeiro nem no segundo turnos. Mais: quando um candidato é beneficiado pela extrapolação do limite superior, e o outro, prejudicado pelo rompimento do limite inferior, outra explicação tem de ser dada. E só se ouviu mesmo o silêncio.
O erro de São Paulo não foi o único, mas pode ter sido o mais importante. Não é segredo pra ninguém que pesquisas ruins disparam uma espiral de eventos negativas: há desmobilização de militantes, fuga de apoiadores, bate-bocas internos, jogo de empurra para saber quem está errando mais etc.
(...)
Arrogância
Não estou dizendo, porque não acho isto, que os institutos decidiram a derrota de Serra. O fator decisivo foi a gestão Kassab — que já começou a ser reabraçada pelo petismo a partir desta segunda-feira; afinal, como afirmou Rui Falcão, o prefeito, agora, é um aliado…  Mas estou afirmando, sim, que erros dessa magnitude podem ter interferido no resultado de maneira importante.
Não obstante, notem que os institutos acham que não têm rigorosamente nada a dizer. Acham que não têm explicações a dar. Ser dono de um instituto de pesquisa, nessas condições, sem o compromisso do acerto, passa a ser um bom negócio. A minha sugestão para os que se aventurarem na área é regular seus números — mesmo sem ter entrevistado ninguém — pela margem de erro dos figurões do setor. Um diz que o sujeito terá 34 pontos, com margem de erro de dois para mais ou para menos? Chute 33 e estabeleça margem de erro de três… Tende a dar certo. Se o número do que serviu de referência estiver estupidamente errado, o neófito que deu o truque estará em boa companhia… 
Pesquisas são instrumentos de medição privados. Pesquisas eleitorais, no entanto, dizem respeito à coisa pública, ainda que feitas por particulares. Continuaremos a fingir que tudo se deu de acordo com os conformes?

VITÓRIA DO PT EM SÃO PAULO FORTALECEU ZÉ DIRCEU, ALGUMA DÚVIDA?

A cúpula do PT deve divulgar na quinta-feira, 1, um manifesto com críticas incisivas ao que chama de "politização" do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. A primeira versão da nota, a ser submetida à Executiva Nacional do partido, diz que "teses" construídas pelo STF abandonam a cultura do direito penal que garante as liberdades individuais. O documento preliminar afirma, ainda, que houve pressão da mídia para influenciar o resultado do julgamento.

José Dirceu vota no 2º turno em colégio na zona sul de São Paulo - Ernesto Rodrigues/Estadão - 28/10/2012

O PT só esperava o fim das eleições para sair em defesa dos réus do partido. 

O STF condenou o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares por corrupção ativa e formação de quadrilha, mas ainda não fixou as penas. Além deles, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

Leia mais no Estadão

EM VEZ DE CELEBRAR A VITÓRIA, PT PREFERE TRIPUDIAR DA DERROTA DOS ADVERSÁRIOS

Blog do Augusto Nunes

Inspirado nas reações da seita lulopetista à vitória de Dilma Rousseff, escrevi em 12 de novembro de 2010 que a torcida do PT, seja qual for o resultado da eleição, está sempre colérica com quem não cumpre ordens do dono do time.

Neste domingo, a discurseira raivosa de Fernando Haddad, os comentários de seus padrinhos e as ofensas berradas pelos companheiros demonstraram que o post publicado há dois anos dispensa retoques. O espetáculo da intolerância segue o script de sempre.

Em vez de festejar a própria vitória, os devotos do PT preferem celebrar a derrota dos outros.

Em vez de cantorias em homenagem a quem venceu, preferem ofender quem perdeu.

Em vez de confraternizar com quem cumpriu a determinação de Lula e votou no poste que o chefe escolheu, preferem patrulhar a internet à caça dos que se recusam a prestar vassalagem a homens providenciais.

Quem é provido de autonomia intelectual e independência política deve ser condenado à danação eterna sob uma chuva de insultos.

Em vez de sentir-se em casa nos blogs da esgotosfera, eles preferem ser escorraçados dos que não estão à venda.

Em vez de dormir sonhando com os oito anos de Lula, preferem seguir insones com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.

Eles não sorriem, não se divertem, nunca ficam simplesmente alegres.
Não conseguem ir além da histérica gargalhada eletrônica. Reféns voluntários do ressentimento, portadores do rancor que proíbe o convívio dos contrários, são incapazes de expressar-se com serenidade. Eles só berram, urram, uivam, rosnam.

Prisioneiros do pensamento único, não raciocinam, não refletem, não examinam opções: recitam o que ouvem, fazem o que os comandantes ordenam, torturam o idioma e a lógica com o desembaraço inconfundível dos que se dispensam de perder tempo com dúvidas.
Sobretudo, não entendem o que é ironia. Formas superiores de inteligência estão fora do alcance de cretinos fundamentais.

ERA DAS TREVAS



Os apagões do PT, os pitos da soberana, os raios, os ventos, a conversa mole

No dia 10 de novembro de 2009, um apagão deixou às escuras nove estados, incluindo toda a região Sudeste do país. O problema começou em Furnas. Até hoje, não se conhece o real motivo. O governo federal, como deixa claro o vídeo abaixo, tentou culpar os raios, os ventos e as chuvas. Certo! Não havendo nenhum desses fatores intervenientes, tudo funciona bem. Que bom!
A versão do “raio” foi desmoralizada pelo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 
E ficou o dito pelo não dito. 
Abaixo, segue um vídeo em que a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (pré-banho eleitoral), aparece dando pito em jornalista e tentando explicar o inexplicável. Vinte e uma horas depois! Vejam

Ah, não foi raio? Não foi curto-circuito? Bem que a gente desconfiava…
Pois é…
O tal Operador Nacional do Sistema (ONS) veio a público para dizer que, bem…, é provável que não tenha sido, não, um curto-circuito o responsável pelo apagão, como disseram Edison Lobão e Dilma Rousseff. Não só isso. 
Disseram e ainda decretaram: “Caso encerrado!!!” O ministro (ele já sabe a diferença entre uma tomada e Tablete Santo Antônio?) não se conformou só em dar a explicação oralmente: emitiu uma nota!!!
No dia do apagão, sabe-se agora, Itaipu já estava com problema. E não há evidência de curto-circuito em Itaberá. Pois é… Vejam a diferença entre a experiência política — e a esperteza macunaímica — e a patetice. Lula, ele mesmo, não se comprometeu com aquela cascata de raio. É claro que ele vai aproveitar, de algum modo, para atacar a oposição, mas sentiu cheiro de problema. Lobão, para tentar sair da reta, deu a primeira desculpa que encontrou. Sem saber o que dizer, Dilma preferiu endossar  a tese do raio e ainda  dar bronca.
Leiam post em que transcrevia trecho do relatório do INPE, que dizia com todas as letras: não houve raio na região de Itaberá capaz de parar a usina. 
Volto a 2012
Em 2010, como se vê, Dilma tentou provar que os apagões da gestão petista apagões não eram. Afinal, isso era coisa de FHC… Ela preferia o nome “blecaute”.
Ah…
O que é um “apagão”? É apagar tudo? É! Então se tem é agora, não antes. 
Em 2001, houve um contenção do consumo — podem até chamar de “racionamento” se quiserem —, mas o país não ficou às escuras. 
Por Reinaldo Azevedo

OS APAGÕES DE DILMA MARCAM SEU DESGOVERNO

O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou o óbvio: o sistema elétrico brasileiro vem perdendo confiabilidade. 
Seria impossível discordar, os apagões revelam o retrocesso do país no setor fundamental para um país que se julga entre as maiores economias do mundo, a energia.
Dilma Rousseff é a principal responsável pela área desde 2003, primeiro porque foi ministra das Minas e Energia. Depois, na Casa Civil, continuou a ser a comandante da área. E, como presidente da República, é quem deveria se empenhar para que os investimentos necessários fossem viabilizados.
A presidente não tem dito nada sobre os sucessivos apagões, esconde-se para ter sua imagem preservada, para buscar culpados por seus erros antes de se manifestar a respeito.
Na VEJA.com:
Após o segundo apagão de grandes proporções em pouco menos de um mês – e o quarto apenas no segundo semestre do ano, o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a sequência de apagões não é normal – e que o sistema elétrico brasileiro vem perdendo a confiabilidade.
Na madrugada da sexta passada, um apagão atingiu todos os nove estados do Nordeste e ainda parte da região Norte do país. Segundo Zimmermann, suspeita-se que a origem do problema sejam falhas nas subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA). Técnicos foram enviados aos locais para investigar o problema. “São eventos que ocorreram em sequência”, disse o ministro. 
“Não são normais. A coincidência, então, não é normal”, completou, segundo a Agência Brasil. Zimmermann destacou que o sistema elétrico brasileiro é um dos maiores do mundo, mas tem registrado “diminuição de confiabilidade”.
(...)

O BRASIL QUE "NÃO" QUER TRABALHAR FAVORECE AS ESTATÍSTICAS DO FAZ DE CONTA

No país, mais de 66 milhões desistiram de buscar emprego
Cristiane Bonfanti, O Globo

No Brasil do pleno emprego, com taxas de desocupação nos menores patamares da história, os empresários estão em uma busca desesperada para preencher seus quadros e driblar o apagão de mão de obra.

Dados do IBGE mostram, porém, que há uma parcela enorme da população que está em idade ativa e em plena condição de produzir, embora não procure uma vaga no mercado de trabalho e, portanto, não entre nas estatísticas de desemprego.

Um exército de 66,7 milhões de brasileiros, contingente quase igual ao número de habitantes da França ou duas vezes o do Canadá, está na chamada população não economicamente ativa. São pessoas que, mesmo sem trabalhar, não estão em busca de emprego. No Rio de Janeiro, são 6,2 milhões nessa condição. Em São Paulo e em Minas Gerais, são 14,1 milhões e 6,6 milhões, respectivamente.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ONDA DO VOTO NULO CAMINHA PARA ENTREGAR O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA O PT


Presidente do PT já anuncia aliança duradoura com… Kassab!!!

Então, leitor…
Entre abstenções (19,99%), brancos (4,34%) e nulos (7,26%), quase 32% (31,59%) dos eleitores paulistanos deixaram de votar num candidato à Prefeitura de São Paulo. Nunca se viu algo assim na cidade. Faz sentido? Ô, se faz!
Eu lhe forneço um primeiro elemento para entender o que NÃO É um fenômeno no sentido que essa palavra pode assumir: o do evento surpreendente.
Rui Falcão, presidente do PT, já veio a público hoje. Com aquele seu modo de ser — ninguém é tão friamente indecoroso como ele —, anunciou que o PT pretende fortalecer a aliança com o PSD de… Gilberto Kassab!
Sim, a gestão Kassab foi o grande espantalho no programa eleitoral do PT. Ao prefeito se atribuiu até ter-se recusado a fazer parcerias com o governo federal, que teria oferecido recursos para projetos na cidade, supostamente recusados. Tudo isso é falso. Tudo isso é mentiroso. Essas coisas não aconteceram.
Não obstante, Falcão já está anunciando a parceria porque o PSD certamente fará parte da base de apoio de Haddad na cidade. Também estará na base no governo federal e, provavelmente, vai levar um ministério. É isto mesmo: tanto o petismo como o próprio prefeito estão a anunciar que quem perdeu ontem em São Paulo foi Serra; Kassab ganhou!!!.
Falcão usa como exemplo o caso de Ribeirão Preto. Nessa cidade, Dárcy Vera, do PSD, disputou o segundo turno com Duarte Nogueira, do PSDB. Ela ganhou com margem apertada: 51,97% a 48,03%. Pois bem!
Dárcy teve o apoio do PT e, conta-nos Falcão, o que é verdade, isso se deu em troca da garantia de que ela estará no palanque de Dilma em 2014. Então vejam que coisa fabulosa: enquanto Kassab era o alvo fixo aqui em São Paulo, fazia acordo para apoiar Dilma em 2014 em Ribeirão — e, a rigor, em qualquer lugar.
De volta à abstenção
Por que tantos deixaram de votar? Em muitos casos, descrença da política, saco cheio mesmo! Vou tentar saber as zonas eleitorais de São Paulo em que a abstenção foi maior. 
É bem provável que seja nos bairros onde Serra e os tucanos costumam ter mais votos.
É indecoroso que Rui Falcão, o que batia, e Kassab, o que apanhava, apareçam no dia seguinte de mãos dadas, fazendo planos para o futuro, decidindo como eles continuarão no poder, a despeito do que diziam para os eleitores até o dia anterior. 
Fica parecendo que se tratava de uma combinação, em que um entrava com o soco, e o outro, com a cara. A recompensa viria depois.
Esse tipo de política, com essa desfaçatez e com essa falta de caráter partidário, não existe em lugar nenhum do mundo. 
Serra perdeu menos para Haddad do que para aqueles que deixaram de escolher um candidato em razão do tédio e da recusa de participar de um jogo que não reconheciam como válido.
Podem anotar aí: cessam as críticas de Fernando Haddad à gestão Kassab. A cada vez que anunciar um novo e miraculoso programa para a cidade, o “outro” que será permanentemente atacado será o PSDB, o governo estadual.
Por Reinaldo Azevedo

ELEITOR PAULISTANO BRINCOU NAS URNAS - O BRASIL RESPONDEU AO MENSALÃO "ELEGENDO" ADVERSÁRIOS DO PT, O PAULISTANO "PROTESTOU" PERMITINDO A VITÓRIA DO CANDIDATO PETISTA



Com exceção de dois juízes companheiros, os ministros do Supremo não fizeram o que Lula queria, ou seja, atropelar as Leis para isentar a elite política de seus crimes no caso do Mensalão.

O eleitor brasileiro entendeu e muita gente se organizou no dia da eleição para manifestar seu desagrado. Muitos gritavam no local da votação - "Fora PT!" - e realmente o partido foi derrotado nas urnas das capitais e de muitos municípios do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país. No Sudeste o PT também tropeçou em alguns lugares, mas o eleitor paulistano não entendeu a importância do MOMENTO e brincou nas urnas.



O brasileiro que acompanhou e aplaudiu o resultado do julgamento do Mensalão, que se orgulhou da atitude de seus ministros e que renovou a esperança na Justiça brasileira com o relatório de Joaquim Barbosa soube repudiar as declarações dos petistas, como a de um senador do Acre:
“Só não vale nossos governos indicarem ministros do Supremo e eles chegarem lá e votarem contra por pressão da imprensa”.
Os petistas esperavam “fidelidade” dos ministros indicados e nomeados. Tratados como traidores pelo PT, partido que não convive bem com a democracia e não respeita a independência de cada Poder (tanto é que submeteu, com sucesso, a maioria do Legislativo em troca do mensalão), os ministros do Supremo, no entanto, decidiram servir às leis e à Constituição. 

O Brasil soube aproveitar a ocasião para reagir, elegendo adversários do PT, porque a qualquer momento serão abertas novas vagas no Supremo e a convicção dos petistas é a de que somente ministros "de confiança" devem ser nomeados por Dilma.
O eleitor paulistano se manifestou de maneira diferente... elegendo o candidato petista. 
Os petistas estão inconformados com a decisão de condenar José Dirceu e José Genoino por corrupção ativa e com a dificuldade em controlar o Supremo.
Com a conquista de territórios importantes, como São Paulo, com a submissão da grande maioria dos parlamentares, de setores do jornalismo e de outras instituições, Lula está convicto de que só restam dois inimigos aos petistas: a “mídia” e o Judiciário. 

Pequena minoria da imprensa não aderiu à pauta imposta pelo PT e ainda há juízes em nosso país, mas quando comecei a receber dezenas de emails pregando o "Voto Nulo", que só interessa ao PT que tem seus votos garantidos e o principal motivo da derrota de Serra, tanto em 2010 quanto agora, entendi que a mais grave mazela do país não é apenas o desgoverno corrupto e incompetente que está no poder, mas a falta de visão de futuro, de maturidade e de consciência política.

Condição de rodovias brasileiras está pior este ano, diz CNT

Cristiane Jungblut, O Globo

Mais da metade das rodovias brasileiras apresentam algum tipo de problema, e as principais ocorrências pioraram este ano na comparação com 2011, como revelou pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Dos 95.707 quilômetros de estradas analisadas, 62,7% (60.053 km) tiveram algum tipo de problema, contra 57,4% na pesquisa de 2011.

Também aumentaram os pontos críticos, como erosão: 221, contra 219 em 2011. Em relação ao pavimento e à sinalização, 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente, apresentam problemas.
O presidente da CNT, senador Clésio Andrade, afirmou que o problema com a sinalização precisa ser solucionada com urgência.