O voto exemplar de Ayres Britto
Ayres Britto, o presidente do STF, está votando. Lembra que coligações partidárias fazem parte do jogo democrático, bem como a formação de uma base aliada no Congresso para viabilizar o governo. Mas destaca: “A formação argentária, pecuniária, de maioria, com base na propina, no suborno e na corrupção” é repudiada pela ordem jurídica brasileira.
Britto diz que um partido, como o PT (cujo nome ele não cita), não tem o direito de se apropriar do outro. Ou, pior ainda, de estender a sua “malha hegemônica” para um pool de legendas.
O ministro afirma que, no “vórtice da insensatez”, esse esquema resolveu recorrer a “profissionais” — referindo-se a Marcos Valério — para operar esse “estilo de fazer política, excomungado pela ordem jurídica brasileira”.
O ministro deixa claro algo relevantíssimo: ao comprar partidos e políticos, o PT lhes subtraía a vontade e a identidade, com o propósito de se eternizar no poder.
Ora, partidos, diz Britto, têm identidade, e as urnas têm um perfil ideológico. A compra da consciência do congressista e dos partidos frauda a vontade popular. E aqueles que compra e que se vendem “fraudam o povo inteiro”.(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário