A Folha Online publica um texto de Mônica Bergamo cujo título é “Serra distribuiu material similar ao kit anti-homofobia do MEC em SP”; na homepage: “Serra distribuiu material similar ao ‘kit anti-homofobia’ do MEC em SP”.
Estão tentando comparar coisas distintas.
Começo demonstrando que, do modo como está editada, a matéria é campanha eleitoral oblíqua em favor de Fernando Haddad. E demonstro por quê.
A Folha nunca escreveu coisas como “Haddad fez o kit gay”, “Haddad elaborou o kit gay” ou algo assim. Nunca personalizou o caso. Sempre se atribuiu o material ao Ministério da Educação, nunca ao então ministro. Também costuma chamar o kit gay de “kit anti-homofobia”.
Agora, no esforço de igualar coisas desiguais, força a mão contra o tucano: “Serra distribuiu”; o material passa a ser chamado de… “kit gay”.
É fabuloso. O material produzido pelo MEC para ser apresentado AOS ALUNOS nunca foi atribuído a Haddad pessoalmente; o material preparado pela Secretaria de Educação de São Paulo para os professores vira obra de Serra.
Segue trecho do texto da Folha. Volto em seguida.
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O candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) distribuiu para as escolas paulistas, em 2009, quando era governador, um material semelhante ao que o MEC (Ministério da Educação), na gestão de Fernando Haddad (PT), começava a elaborar para combater a homofobia nas escolas.
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O candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) distribuiu para as escolas paulistas, em 2009, quando era governador, um material semelhante ao que o MEC (Ministério da Educação), na gestão de Fernando Haddad (PT), começava a elaborar para combater a homofobia nas escolas.
O guia do governo de SP é assinado por Serra, pelo então vice-governador Alberto Goldman e pelo então secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza. Até um dos vídeos recomendados aos professores pelo kit tucano, “Boneca na Mochila”, é igual a um dos que, na época da polêmica com o MEC, foram criticados pela bancada evangélica, que ameaçou abrir CPI contra o governo de Dilma Rousseff caso o material fosse divulgado.
O MEC negou que este vídeo estivesse entre os que estudava adotar e a presidente suspendeu o programa. Destinado aos professores, o guia tucano aconselha que eles mostrem aos alunos desenhos ou figuras de “duas garotas de mãos dadas, dois garotos de mãos dadas, uma garota e um garoto se beijando no rosto, dois homens se abraçando depois que um deles faz um gol e duas garotas se beijando”.
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A Secretaria de Educação de SP disse ontem, em nota, que “não possui o kit anti-homofobia nem material assemelhado. Temas como violência, uso de drogas e combate à discriminação em todos os aspectos, inclusive sexual, são abordados em programas como o Prevenção também se Ensina e em outras atividades pedagógicas”. Hoje, o órgão enviou nova nota à Folha em que afirma que o material anti-homofobia foi enviado apenas a professores, ao contrário do que ocorreria com kit do MEC.
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A Secretaria de Educação de SP disse ontem, em nota, que “não possui o kit anti-homofobia nem material assemelhado. Temas como violência, uso de drogas e combate à discriminação em todos os aspectos, inclusive sexual, são abordados em programas como o Prevenção também se Ensina e em outras atividades pedagógicas”. Hoje, o órgão enviou nova nota à Folha em que afirma que o material anti-homofobia foi enviado apenas a professores, ao contrário do que ocorreria com kit do MEC.
O ministério, por sua vez, informa que os kits, caso fossem aprovados, iriam para 6.000 professores, e não para os estudantes.
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Íntegra da nota da secretaria
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Íntegra da nota da secretaria
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que o material “Preconceito e discriminação no contexto escolar” é distribuído apenas para a equipe docente das escolas, diferentemente do kit sobre homofobia, que foi produzido pelo Ministério da Educação para ser apresentado diretamente aos alunos.
Além de seu público-alvo não ser os estudantes, seu conteúdo se baseia em propostas de abordagens mais sutis de situações a serem discutidas. O uso desse material pelos professores não é obrigatório. Trata-se de um suporte para lidar com assuntos sensíveis, podendo o educador, a seu critério e da equipe pedagógica, aproveitar esse material na medida do seu planejamento, com acompanhamento da coordenação escolar.
Assessoria de Imprensa
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo”
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo”
Voltei
O material distribuído pelo governo do estado AOS PROFESSORES — NÃO SE PRODUZIU NADA PARA OS ALUNOS — combate todas as formas de preconceito, inclusive os relacionados à sexualidade. NÃO, EU NÃO CONCORDO COM TUDO O QUE VAI LÁ, não (para ler a íntegra do material, clique aqui). Também ele é fruto de um tempo de coisas fora do lugar. O fato é que são coisas muito distintas. Querer igualar o se produziu na Secretaria com o que se produziu no MEC é uma forma de fazer campanha eleitoral em favor de Haddad.
Reitero: o material preparado por Fernando Haddad fazia proselitismo. Afirma com clareza que a bissexualidade é mais vantajosa do que a homossexualidade e defende que travestis usem banheiros femininos nas escolas. OS FILMES SERIAM EXIBIDOS AOS ALUNOS!
Estão tentando igualar o que é um material de ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR COM FILMES QUE SERIAM EXIBIDOS EM SALA DE AULA.
Seguem os três vídeos que Haddad queria distribuir AOS ALUNOS!
Por Reinaldo Azevedo
Essa senhora, não é a mesma que inventou o aborto da Sra. Serra? Qual é a sua credibilidade? Certamente como papagaia de pirata, está à espera de um cargo(pago com nosso trabalho). Mais uma mando nas tetas do Desgoverno....
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