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Como de hábito, a ministra Cármen Lúcia votou de forma sucinta. (...) Sobre o núcleo político, condenou Delúbio Soares, e criticou com rigor os argumentos da defesa dele, que alegou a prática de caixa dois por Delúbio.
“Acho estranho e muito grave que alguém diga com toda tranquilidade: ora, houve caixa dois. Caixa dois é crime. Caixa dois é uma agressão à sociedade brasileira, caixa dois compromete mesmo que tivesse sido isso, ou só isso, e isso não é só, e isto não é pouco. E dizer isso no Supremo Tribunal ou perante qualquer juiz me parece realmente grave, porque fica parecendo que ilícito no Brasil pode ser praticado, confessado e tudo bem”, avaliou a ministra.
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Na segunda parte da sessão, em pouco mais de dez minutos, o ministro Gilmar Mendes anunciou o voto acompanhando o relator Joaquim Barbosa. (...)
“Não há como não se chegar a conclusão que José Dirceu, homem forte do governo Lula e encarregado para articulação da base aliada no Congresso Nacional, não só sabia do esquema de transferência irregular de verbas entre o PP e os partidos da base aliada como também contribuiu intelectualmente para a sua estruturação”, declarou.
Com o voto de Gilmar Mendes, a maioria do Supremo Tribunal Federal alcançou o número de votos necessários para condenar José Genoino. Em seguida, o ministro Marco Aurélio Mello votou. (...) Lembrou que José Genoino assinou o empréstimo para o PT e condenou o ex-presidente do partido.
“Poupem-me desse desejo de atribuir a José Genoino, com a história de vida que tem, tamanha ingenuidade”, anunciou.
O ministro Marco Aurélio condenou também o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Com o voto dele, o Supremo formou maioria para condená-lo por corrupção ativa. Segundo o ministro, Dirceu participou diretamente do esquema.
“José Dirceu realmente teve uma participação acentuada, a meu ver, nesse escabroso episódio”, defendeu.
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