quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O POVO NÃO É OTÁRIO, COMO PENSA O PT E SUA TORCIDA DA MÍDIA E DOS INSTITUTOS DE PESQUISA


PREPARA-SE O CIRCO PARA ARMAR SEU PICADEIRO


Os erros foram muito maiores, mas hoje  vale ficar apenas em três: Manaus, Salvador e Curitiba. Na última semana anterior às eleições as  pesquisas não davam um centavo para Artur Virgilio, Antonio Carlos Magalhães Neto e Gustavo Fruet. 

Pelos números dos institutos, estavam derrotados. Não passariam  para o segundo turno.  

Revelados os resultados, a desculpa foi de que o povo mudou, volúvel como é, pois houve uma reviravolta..

Os três estão  no segundo turno, os dois primeiros até na frente. 

Pode ser que vençam, pode ser que não. Essa é  a única  certeza.  Apenas, não dá para esconder a indignação diante do que ia acontecendo  com eles.
                                               
À margem do fracasso das pesquisas que eram do  gosto do PT e do Lula nessas três capitais, o partido e seu chefe  vão  fazer tudo o que puderem  para derrotar os tradicionais adversários. 

Fica a conclusão: o povo não é bobo.  Porque a performance dos três referidos candidatos faz justiça à inteligência popular. Pelas circunstâncias e pelo seu valor intrínseco, são os  melhores.
                                               
Não surpreenderam, talvez nem os institutos, apesar da vontade  manifesta   de agradar os poderosos.  Artur Virgílio foi o melhor líder de que o PSDB já dispôs no Senado. Combativo, não perdia uma sessão ou uma crítica. 

Exagerou, é claro, quando chamou o então presidente Lula para briga no braço. Não só por  isso tornou-se alvo permanente do primeiro-companheiro, que  até foi  a Manaus durante a campanha para tentar derrota-lo. O que irritava o PT eram suas críticas e suas cobranças, coisa que o eleitor reconheceu ao dar-lhe 40.5% dos votos contra 19.9% da adversária, ao contrário dos percentuais proclamados até a véspera do pleito. Simpatias exageradas?
                                                
Com o herdeiro do  ACM foi parecido, apesar das qualidades de Nelson Pelegrino, do PT.  Na reta final, tentaram desconstruir o neto,  por tratar-se de um ativo  líder dos tucanos. 

Chegaram a divulgar menos de 20% dos votos em seu favor, para alegria do governador Jacques Wagner, tradicional inimigo do carlismo. Só que não deu, tiveram de curvar-se à natureza das coisas: o jovem deputado teve 40.1%, seu adversário 39.9%, antevendo-se monumental refrega no segundo turno. Salvador ficará bem com qualquer  dos dois, ressaltando-se apenas a tentativa óbvia  de escamotear os fatos, na  ilusão de que pesquisas mudam a cabeça das pessoas.
                                                        
O terceiro exemplo é  tão ou   mais  flagrante do  que os anteriores, pois  poucos parlamentares tiveram atuação mais ética e correta do que Gustavo Fruit, quando deputado federal.  No reino das CPIs, ganhou nota dez. Incomodou, não obstante sua correção.  

Apesar da juventude, ganha de barbada do contendor,  em termos de serviços prestados à coisa pública e de  capacidade. O povo curitibano percebeu e às últimas horas foi  busca-lo nos patamares inferiores? Mentira.  É o que  agora divulgam, como desculpa. Desde que se lançou, o  filho do prefeito Maurício Fruit já contava com o apoio recebido, de 27.2%.  

Quase deu certo a manipulação para afasta-lo do segundo turno, pois Ratinho Júnior teve  34%.   A estratégia, porém, era esconder Gustavo  sob a sombra de um candidato que nenhum problema causaria aos detentores do poder, até prejudicado pelo histrionismo familiar.  Não adiantou.
                                               
Importa repetir, os três candidatos referidos podem ganhar ou perder. Quem vai decidir é o eleitorado, espera-se que blindado contra a blitz que vem por aí, desencadeada pelo governo e seus penduricalhos. 

O circo do Lula vai armar seu picadeiro em Manaus, Salvador e Curitiba. O  espetáculo a ser encenado em São Paulo fica para ser comentado amanhã.  É uma pena, porque se pelos desígnios da Providência  Artur Virgílio,  ACM Neto e  Gustavo Fruet  estivessem no PT e fossem candidatos pelo partido,  já teriam sido eleitos no primeiro turno. Coisa de companheiros...

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