O eleitor paulistano está atendendo à determinação de José Dirceu e transformando a urna em uma espécie de tribunal popular contra as decisões dos juízes do Supremo.
Com a onda de abstenções, votos que fazem falta para o candidato que se opõe ao partido dos mensaleiros, a tendência é que o candidato sem propostas, mas com um arsenal de calúnias, obtenha uma vitória importante para consolidar o Brasil como o Reino da Impunidade.
Esse é o retrato do segundo turno na capital paulista.
De acordo com as pesquisas, os resultados parciais indicam que os corruptos condenados na Justiça e repudiados em praticamente TODAS as capitais seriam absolvidos se dependesse do voto do povo de São Paulo.
Desde o ano passado, o presidente perpétuo (na campanha, lula disse que o nome na cédula era o de Dilma, mas ele é quem estaria realmente no comando do país, alguém duvida?) fez de tudo para emplacar o nome de Fernando Haddad como candidato à prefeitura de São Paulo.
Nesse esforço, ofendeu Marta Suplicy, considerada velha pelo partido. O fato é que com lula como condutor de sua candidatura, Haddad não conseguia sair dos 3% e seu desempenho só melhorou um pouco com a entrada de Marta, a velha, na campanha em troca de um Ministério "doado" por Dilma.
O loteamento dos ministérios, porém, não começava aí. Maluf já havia indicado o diretor de uma estatal e o bispo Edir Macedo já tinha um nome seu no ministério da Pesca, que ficou sob ameaça de demissão logo após o resultado do primeiro turno se não apoiasse o candidato petista.
É assim que funciona o mais pornográfico "troca-troca" da história, se o mensalão comprou a consciência e o apoio de parlamentares eleitos para defender os interesses de seus eleitores, não os do governo do PT, a distribuição de ministérios é uma extensão do balcão de negócios promíscuos.
Mas nem isso parecia funcionar, até que religiosos começaram a se movimentar nas igrejas e orientar seus fieis contra o voto no candidato Russomano. Foi tiro e queda, a candidatura de Russomano foi desconstruída e Haddad foi o grande beneficiado.
Se os votos de Russomano fossem para o Serra, provavelmente o PT teria acionado a Polícia Federal contra as igrejas, como fez em 2010.
Como vemos, as igrejas conseguiram o feito de substituir Russomano por Haddad no segundo turno. Portanto, como afirma Reinaldo Azevedo, o cabo eleitoral mais eficiente de Haddad não é lula, como proclamam. Além das igrejas, o papel da IMPRENSA tem sido fundamental para detonar candidaturas, como fez com Russomano e, agora, contra José Serra, enquanto projeta a imagem de Haddad como convém ao PT.
Nesse cenário, somos todos nós, brasileiros (a grande maioria nem vota em São Paulo e mesmo assim paga a conta), usados para a exaltação do "construtor de postes" e para proclamar a inocência de réus já condenados, mas que ainda vislumbram a salvação oriunda das "massas".
A visão de que a agenda do Brasil deve ser definida pelo diretório nacional do PT ou por lideranças da Grande São Paulo, especificamente em São Bernardo, é um desrespeito aos brasileiros que já se desencantam com o desgoverno petista.
O recado que o Brasil envia aos paulistanos é que em diversas capitais "já demos a resposta, e foi "Fora PT". E fizemos nosso trabalho."
Que São Paulo não envergonhe o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário