O país acompanha pela TV, ao vivo e em cores, o julgamento do mensalão e é testemunha de que tudo se passa na mais perfeita ordem democrática do estado de direito.
A pretexto de evitar a politização do julgamento, petistas ilustres, a começar pelo ex-presidente Lula, exerceram durante meses pressão nunca vista sobre o Supremo Tribunal Federal para que ele não se realizasse durante as eleições municipais.
A preocupação era tamanha que Lula chegou a ameaçar o ministro Gilmar Mendes de denunciar, na CPI do Cachoeira, uma suposta relação do ministro com o bicheiro, o que foi prontamente repelido. Tornado público o episódio, ficou claro que não havia o que denunciar, e o tiro saiu pela culatra.
Inevitável o julgamento, Lula passou a procurar outros ministros em busca de apoio à sua tese de que tudo não passou de uma farsa. A Dias Toffoli foi dito, em público pelo atual prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e em particular pelo próprio Lula, que ele não tinha o direito de se declarar impedido, mesmo tendo trabalhado sob as ordens do ex-ministro José Dirceu e assinado documento, na posição de delegado do PT, afirmando que o mensalão ainda estava para ser provado.
O ministro Ricardo Lewandowski recebeu Lula em casa, em São Bernardo do Campo, antes do julgamento. Essas pressões petistas foram as reveladas, uma pressão que, ao contrário, eles atribuem à “mídia conservadora” que estaria atuando para condenar “o governo popular”.
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