O Globo
Um dos consensos existentes no Brasil, além da constatação da precariedade do ensino básico, entre outros, é sobre a falta de investimentos públicos na infraestrutura. Tanto que, no segundo governo Lula, foi lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob concordância geral.
Apresentado como solução para o grave problema, o PAC, porém, nunca produziu o efeito que dele se esperava.
Restou comprovada a ineficiência de gestão do governo na execução de projetos.
Estatísticas publicadas ontem pelo GLOBO são irrefutáveis: de janeiro a setembro, a União conseguiu gastar de forma efetiva apenas 44% dos R$ 102,3 bilhões aprovados pelo Congresso para investimentos; menos, proporcionalmente, que os 46,7% executados no mesmo período do ano passado.
E, ainda assim, boa parte dos recursos foi proveniente das sobras (“restos a pagar”) do ano anterior. Do orçamento de 2012 propriamente dito, apenas 14,5% foram investidos de fato.
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A situação fica ainda mais preocupante diante da paralisação e do adiamento de investimentos privados impactados por decisões equivocadas do governo no campo das regulações. Mesmo em estatais há este risco.
O exemplo do momento é o setor elétrico, em que, com interferência direta da presidente Dilma, foram baixadas regras para a renovação de concessões que sacrificam a rentabilidade das empresas a ponto de ameaçar investimentos em um setor de importância estratégica vital.
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Com mais este freio provocado pelo intervencionismo descalibrado, ficará muito mais difícil a economia conseguir crescer ao ritmo de 4%/5% ao ano, sem distorções. Começa-se a comprometer o futuro.
Leia a íntegra em A preocupante anemia nos investimentos
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