segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O BRASILEIRO SABE O QUE QUER PRA VALER?



Sou apenas uma cidadã anônima e, nesta condição, exerço meu direito de manifestar a opinião que julgar conveniente, contestar certos dados e tentar contribuir para que a informação chegue ao conhecimento de mais pessoas.
É comum, quando eu abordo determinados assuntos com amigos, ouvir um "eu não sabia". Geralmente percebo o ar de desconfiança como se eu estivesse inventando coisas. Eu seria uma dessas malvadas que quer derrubar o governo "duspobri". Este é um dos motivos pelo qual eu resolvi criar este blog, para que essas pessoas leiam, confiram as fontes e então tirem suas conclusões.

Sei que escrevo muitas tolices no calor da emoção, sempre tomando o cuidado de expor todas as questões, mesmo as mais polêmicas, com rigoroso fundamento. Não pretendo ser isenta, pois assumo minha torcida aos nomes que me inspiram credibilidade, mas não compactuo com a tese de que a liberdade comporta o direito de caluniar ou de espalhar boatos. Isso é próprio de quem não tem escrúpulos e dedica-se a destruir reputações, desqualificar adversários, manchar a imagem de pessoas íntegras e nem ao menos se importa com a integridade física de suas vítimas. Quem costuma fazer isso, quando é pego numa dessas investidas aplica o golpe do "pega ladrão", como alertou José Serra.

Porém, quanta impropriedade escrevem os profissionais responsáveis pela formação (ou deformação) da opinião pública!

Uma das pessoas que eu mais considero nesse meio rotula, em um de seus textos, manifestações espontâneas de internautas e leitores de jornal como a "mentezinha estreita" dos tucanos. E escreve isso poucas frases depois de ter afirmado que a oposição emudeceu.
Que tucanos são esses?
Aquilo que a autora atribui aos tucanos está longe de fazer parte do ideário do partido. 
Quem costuma partir para o ataque, muitas vezes de forma preconceituosa, eu reconheço, contra certas bandeiras atribuídas à esquerda são cidadãos do povo, geralmente sem vínculo partidário, que não vota em tucano justamente porque o PSDB é composto por políticos do que chamam  de "esquerda".

Eis um dos motivos para o número assustador de abstenções ou voto nulo. Essa onda que favorece o PT atrai grande maioria dos que têm pensamentos de "direita" e que não encontra um candidato que satisfaça seus anseios, alguns legítimos, outros que realmente beiram à intolerância.

Se o voto fosse ideológico, o PT praticamente não teria votos no Nordeste, por exemplo, onde os valores morais são extremamente enraizados. Se o discurso palanqueiro ainda tapeia os nordestinos, o que não se confirmou na última eleição, estes seriam totalmente antipetistas se tivessem conhecimento dos ideais do partido dos trabalhadores. 
O PT tem menos voto onde a população é menos conservadora, nem é por isso que perde eleições nessas localidades, mas sim pelo fato de que, quanto mais bem informado é o eleitor, maior é a aversão à truculência, às práticas nefastas (como o vale-tudo e a pregação do ódio nas campanhas) e aos esquemas de corrupção protagonizados pelo PT.
Isso acontece na maioria dos municípios que apresentam os melhores índices de desenvolvimento humano.

Uma coisa é certa, todos os extremos já deram mostras de fracasso ao longo dos tempos. Se algum líder radical se sustenta no poder, certamente isso se dá às custas de muito sofrimento. 
O que existe é muito oportunismo e falsas interpretações nesse duelo entre "direita" e "esquerda".
No Brasil, temos idealistas de esquerda, no sentido de realizar ações que promovam justiça social, mas que defendem a garantia dos direitos do indivíduo, a meritocracia, a propriedade privada, a igualdade de oportunidades, a concorrência de mercado que beneficia o consumidor, entre outras bandeiras da "direita", por isso são tratados de forma preconceituosa pelos que satanizam esses ideais, enquanto que os "esquerdistas" que estão no poder são reconhecidos assim por seu discurso populista e pela intervenção do Estado no setor privado e na vida das pessoas, mas suas ações atendem aos interesses do capitalismo como nunca se viu.
Enquanto esse jogo de palavras acontece, o Brasil não consegue seguir em frente.

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