quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PT E O JOGO DE "VIDA E MORTE" PELO PODER


Outro texto de Reinaldo Azevedo que vale a pena conferir. 

Impossível imaginar que um cidadão consciente possa se omitir ou negar os fatos quando dezenas de pessoas estão sendo assassinadas.

Mas tem jornalista que defende a pauta que desmoraliza o trabalho da polícia e favorece o crime, tem eleitor que abandona o barco sem se importar se está entregando o poder aos que estão sempre do lado oposto da sociedade que clama pelo combate à violência, "tem gente" que em nome de uma luta perversa para conquistar o governo de São Paulo, última trincheira para que o Império do PT se instale definitivamente no Brasil, usa a tragédia como trampolim. Já avançaram um passo importante com a vitória de Haddad na capital. Agora, uma verdadeira guerra de versões para enfraquecer o governador está em curso a fim de aniquilar o PSDB no estado. Infelizmente, contam com a ajuda do eleitorado paulista.

*

A arrogância de Cardozo na campanha eleitoral antecipada. Ou: Por que o ministro não leva para presídios federais 1.600 presos que não deveriam estar em SP? Respondo: porque ele não tem onde colocá-los

A arrogância, que avançou para a falta de educação, de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, não tem limites. Está comprovado por A mais B: o governo federal criou uma farsa — a suposta oferta de ajuda ao governo de São Paulo, que a teria recusado, na área de segurança. 
Como Cardozo ganhou reportagens escancaradamente favoráveis no “Jornal Hoje” e no “Jornal Nacional” (não vi as do SPTV), então insiste na falseta. 
Quem apanhou foi o secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, que fala a verdade. Aquele que não consegue provar o que diz saiu-se como sensato. Aquele que tem os fatos a seu favor foi tratado como falastrão. Parece que está em curso a construção de uma nova moral, que poderia ser assim sintetizada: os fatos que se danem!
Antes que entre em alguns detalhes e recupere alguns eventos importantes, vai aqui uma informação adicional — pela qual, tudo indica, a imprensa isenta não se interessou, já que é do seu conhecimento. São Paulo tem presos 1.800 estrangeiros. Pelo menos 1.600 deles cometeram crimes federais e deveriam estar em… presídios federais. Só que Cardozo não tem onde abrigá-los. Então os deixa em São Paulo. Não obstante, oferece aquilo de que o estado não precisa: algumas vaguinhas em presídios de segurança máxima.
Já escrevi dois textos a respeito. O primeiro está aqui. Ali demonstro que Cardozo jamais ofereceu ajuda a São Paulo. Não há um só documento a respeito. Ele alega que foi tudo em conversas informais. 
Cardozo é assim: encontra com um secretário de estado e pergunta: “Quer uma ajudazinha, uma colaboração?” Inexiste essa instância de interlocução, senhores leitores, como todo mundo sabe. Trata-se de uma farsa. No post, demonstro também que o que se deu foi o contrário: o estado de São Paulo é que encaminhou um pedido de colaboração ao governo federal. Foi no dia 29 de junho (quem não leu o texto encontra lá o documento na íntegra). Cardozo fez a sua resposta chegar ao Palácio dos Bandeirantes sabem quando? ONTEM! Mais de quatro meses depois.
(...)
A VEJA.com fez uma reportagem a respeito e traz a resposta do ministro. O documento é datado, pasmem!, de 30 de outubro. DATA ESCRITA A MÃO! Como ele já havia falado em off e dado as suas entrevistas malcriadas, seu texto repete, em síntese, as más-criações. E sem propor coisa nenhuma. A imagem do documento enviado por ele está aqui. Não chega a dizer que o governo federal não é a Casa da Moeda, mas deixa claro que não dará um tostão. Parece que ele gostaria, assim, só de discutir a relação, entendem? De bater uma DR…
O cheiro de sangue que excita
Notem: quando Ferreira Pinto enviou o pedido de colaboração ao governo federal, a questão da segurança pública não tinha essa urgência. O recrudescimento se deu na reta final da eleição — um hábito do PCC, que já deixou claro que, na sua opinião, a população não deve votar em tucanos. Marcola tem suas preferências partidárias. Parte do jornalismo também. Acidentalmente, coincidem.
(...)
Junho, julho, agosto, setembro… Silêncio do companheiro. Chegou a eleição, ele não resistiu! Resolveu faturar política e partidariamente com o recrudescimento da violência em São Paulo — ainda que o Estado esteja entre os menos violentos do Brasil. O cheiro de sangue parece ter despertado o lado lobo do “porquinho”.
(...)
É muito grave o que está em curso. Setores da imprensa decidiram que é hora de derrubar o secretário de Segurança de São Paulo. Houve, sim, recrudescimento da violência, mas a situação está longe de caracterizar perda do controle ou algo assim. Há muito o crime organizado tenta interferir na política de segurança do estado — aquela mesma que reduziu o índice de homicídios em mais de 70% em 12 anos. Da quase ponta da lista de mortos por 100 mil, São Paulo foi parar na rabeira.
Estes são os dados do Mapa da Violência sobre mortos por 100 mil nas unidades da federação em 10 anos. Vejam os números.
Não obstante, criou-se uma onda terrorista em São Paulo. Em vez de as forças legais de segurança merecerem o amparo do governo federal e da própria imprensa, o que se vê é um esforço deliberado para desestabilizá-las. E que se note: onde houver erro, que se aponte. O que não é possível é dar curso a uma vigarice que tem apenas viés político-partidário.
Se setores da imprensa, o PCC e o governo federal querem a mesma coisa — a queda de Ferreira Pinto —, obrigo-me a achar que ele não pode estar assim tão errado…

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