Jornalistas e blogueiros aliados ao PT celebram a foto acima e fazem questão de destacar que a imagem marcante mostra que Barbosa está de "um lado" (o que petistas e setores da mídia chamam de conservador ou golpista, mas na verdade é o lado da Lei) e Dilma no "lado oposto".
Sinto arrepios quando leio sobre "costuras" políticas de prováveis candidatos à presidência da República. Logo imagino um tipo de base aliada tão ampla quanto àquela que o PT formou com o pagamento de mesada em troca do voto sempre favorável ao governo, composta por praticamente todos os partidos que não resistiram à tentação do dinheiro fácil (NOSSO DINHEIRO, como ficou comprovado no veredicto do julgamento do Mensalão).
Lamentavelmente, a índole da maioria dos que têm voto, portanto, são eleitos, explica a facilidade com que se desconstrói a imagem ou se relega ao ostracismo personalidades que não compartilham dessa maneira de fazer política e que não aceitam conchavos. Esse tipo de comportamento é o antídoto perfeito contra a corrupção, por isso não interessa aos que apreciam os esquemas que vez ou outra são desbaratados pelos órgãos competentes.
Os marqueteiros de Dilma apenas pegam carona nessas ações, atribuindo a ela o que é realizado por terceiros contra sua vontade, como nos casos de ERENICE GUERRA e PIMENTEL. Não podemos esquecer esses fatos, entre outros, para não corrermos o risco de fazer papel de idiota.
Para citar dois nomes combatidos pelos "progressistas" da mídia, especialmente os das colunas de fofocas, e da política, que inclui figuras como Lula, Dilma, Zé Dirceu, Sarney, Collor, Maluf, temos o sempre solitário José Serra, abandonado até mesmo pelos eleitores que costumam votar no tucano, porém andam empolgados com a onda do Voto Nulo, bem como a voz solitária e incansável contra os corruptos e sua constante defesa da sociedade, o senador Álvaro Dias.
Mais um solitário se destaca e já é alvo dos ataques dos tais "progressistas".
Depois de sofrer seguidas derrotas com as condenações no julgamento do mensalão, o estouro da Operação Porto Seguro e a economia em frangalhos, o PT continua subindo o tom das críticas ao STF, direcionando a artilharia contra Joaquim Barbosa, que está provando à sociedade brasileira que é possível, sim, agir dentro da lei, ser admirado e respeitado pelo povo e se relacionar de forma decente com autoridades e com os poderes da República sem precisar colocar a mão na M....:
Joaquim Barbosa, o juiz sem amigos
Agora que é presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa terá de vencer sua natureza solitária e aprender a fazer política
Flávia Tavares, ÉPOCA
A tarde da quinta-feira, dia 22 de novembro de 2012, seguia lenta em Brasília quando Joaquim Benedito Barbosa Gomes – negro, filho de uma faxineira e de um pedreiro, relator do julgamento mais difícil da história republicana do Brasil – carregou seu corpo, e tudo o que ele representa, para o púlpito do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), de modo a tomar posse como 55º presidente da corte.
“Prometo cumprir os deveres do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, em conformidade com as leis”, afirmou Joaquim, diante da mãe, dona Benedita, e dos demais – do poder, das celebridades, das câmeras.
Foto: Orlando Britto
Foi o evento do ano em Brasília. A capital celebrou com entusiasmo a posse do primeiro presidente negro no STF.
Estavam lá os atores Lázaro Ramos e Regina Casé, os músicos Djavan e Martinho da Vila, o piloto Nelson Piquet, o ex-jogador Romário…
Estava lá a presidente Dilma Rousseff, mais em corpo do que em espírito, conforme se depreendeu de seu esforço em não sorrir – sob hipótese alguma – nas duas horas de cerimônia.
Estavam lá cerca de 340 almas. Estavam lá, em meio aos cliques e beija-mãos, para o Joaquim que assumiu, o símbolo, o orgulho e, para alguns, o parente distante, o colega ocasional. Não estavam lá para o Joaquim do dia seguinte. Este, quer por opção, quer pelo gênio difícil, estava só – e continuará só.
Joaquim comandará o Judiciário sem amigos. Ao menos sem os amigos de que precisará: os amigos políticos.
A presidência do Supremo é, antes de tudo, um cargo político. Como presidente, Joaquim terá de se relacionar com os chefes do Executivo e do Legislativo, com juízes, com burocratas do Judiciário, com advogados, com jornalistas. Goste ou não – e Joaquim não gosta nada dessa tarefa.
Leia a íntegra em Joaquim Barbosa, o juiz sem amigos
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