Cristina Kirchner, sobre decisão da Justiça de impedir o golpe na liberdade de imprensa: " é mais do mesmo".
O governo argentino apresentou à Corte Suprema recurso contra a prorrogação da medida cautelar sobre a aplicação da Lei de Mídia obtida na Justiça pelo grupo Clarín. Anteontem, decisão do Judiciário desobrigou o conglomerado de cumprir cláusulas antimonopólio da legislação até que se julgue a "questão de fundo", ou seja, a inconstitucionalidade da lei. A decisão da Justiça foi uma derrota do kirchnerismo, que tem nessa lei uma de suas principais bandeiras e no Clarín, principal afetado por ela, um de seus maiores inimigos.
O governo argentino apresentou à Corte Suprema recurso contra a prorrogação da medida cautelar sobre a aplicação da Lei de Mídia obtida na Justiça pelo grupo Clarín. Anteontem, decisão do Judiciário desobrigou o conglomerado de cumprir cláusulas antimonopólio da legislação até que se julgue a "questão de fundo", ou seja, a inconstitucionalidade da lei. A decisão da Justiça foi uma derrota do kirchnerismo, que tem nessa lei uma de suas principais bandeiras e no Clarín, principal afetado por ela, um de seus maiores inimigos.
O recurso foi apresentado na manhã de ontem pelo chefe de gabinete, Juan Manuel Abal Medina. O governo está usando o "per saltum", mecanismo aprovado há poucas semanas que permite levar uma causa direto à Corte Suprema. "O governo está perdendo a batalha com o Clarín. A situação é oposta à de 2008, quando usou a guerra para reverter sua queda de popularidade", afirmou à Folha o cientista político Marcos Novaro.
"As pessoas deixaram de acreditar que a presidente Cristina Kirchner defende a bandeira da liberdade de expressão, enquanto são divulgadas informações sobre seu enriquecimento ilícito e sobre a inflação", completou.
(...)
(Folha de São Paulo)
"As pessoas deixaram de acreditar que a presidente Cristina Kirchner defende a bandeira da liberdade de expressão, enquanto são divulgadas informações sobre seu enriquecimento ilícito e sobre a inflação", completou.
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(Folha de São Paulo)
Ontem, a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) encerrou sua missão de três dias ao país para analisar a situação dos meios e disse que há, na Argentina, um "ataque constante a meios e jornalistas críticos" por parte do governo. Também alertou para "graves inconvenientes ao exercício livre do jornalismo".
Em Brasília, onde participava da reunião do Mercosul, Cristina minimizou a decisão da Justiça: "É mais do mesmo". O governo manteve para amanhã ato na praça de Maio em apoio à lei.
Ontem, o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores brasileiro divulgou uma resolução de apoio a Cristina. No texto, o PT diz que a lei ajuda a ampliar a liberdade de expressão no país vizinho. "Ao contrário do que afirmam setores da mídia brasileira, a nova legislação argentina contribui para ampliar a liberdade de expressão", diz a nota.
Ontem, o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores brasileiro divulgou uma resolução de apoio a Cristina. No texto, o PT diz que a lei ajuda a ampliar a liberdade de expressão no país vizinho. "Ao contrário do que afirmam setores da mídia brasileira, a nova legislação argentina contribui para ampliar a liberdade de expressão", diz a nota.
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