O PÉSSIMO EXEMPLO QUE CONTAGIA (I) - PETISTAS SE MOBILIZAM CONTRA A DECISÃO DO SUPREMO

O petista José Dirceu, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, assim como demais petistas que também alegam que seus crimes, tanto os do passado quanto os recentes, foram cometidos pela "causa", mobiliza a tropa contra a decisão do tribunal.

"Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia. Mas o povo" - Manifestação de Lula contra a decisão da Justiça no caso do Mensalão.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), está pensando se vai ou não cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal.

O projeto de poder dos petistas tem como objetivo principal o uso delinquente do Estado (dinheiro do contribuinte, não é a grana de ninguém, como muitos pensam) para fins de enriquecimento pessoal privado. 

Nas Repúblicas das Roses, os chefes são remunerados mensalmente e nada fazem ... ou fazem, como vimos no caso da Rose do Lula.

Por Jean-Philip Struck, na VEJA.com:

Condenado a mais de dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha e corrupção ativa, o ex-ministro José Dirceu já conhece seu destino – e não se conforma. Antes de começar a cumprir sua pena, que deve ser iniciada em regime fechado, o petista tenta há semanas organizar eventos com militantes do partido em sua defesa. Mas o que Dirceu não esperava era que seu prestígio estivesse tão baixo dentro da legenda onde construiu sua trajetória política e onde alcançou posto de líder influente. Os três primeiros atos organizados até agora foram esvaziados e não produziram nenhum barulho.

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Os apoiadores de Dirceu tentaram reunir militantes em atos em São Paulo, Osasco (SP) e Curitiba. Na próxima semana, deverão ser feitas novas tentativas em Guarulhos (SP) e Porto Alegre.

Em Osasco, o anfitrião do encontro realizado em uma escola foi outro condenado no mensalão, o deputado João Paulo Cunha. Ao grupo, também juntou-se o ex-presidente do PT José Genoino. 

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Em São Paulo, um novo encontro reuniu Dirceu e Genoino na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, no dia 24. A única cara conhecida na plateia era o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), e o encontro foi preenchido por militantes do Fórum do Diálogo Petista, criado por filiados de correntes consideradas radicais do PT. No discurso, Dirceu repetiu a ladainha de que sua condenação foi um golpe da elite e da imprensa, falou em “martírio” e chegou a afirmar que só não foi “fuzilado porque num Estado democrático de Direito não há pena de morte”.

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O PT  fará de tudo para minimizar os danos do julgamento do mensalão. Tentará reescrever a história, afirmando que não se valeu de métodos criminosos para assegurar o poder. Mas, no momento ao menos, não existe apoio irrestrito aos condenados pelo STF. Se isso representará a derrocada definitiva de José Dirceu, uma das figuras mais poderosas do PT – e também do país, no início da década passada – é uma história a se acompanhar de perto.