O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já adiantou que a Casa pode não cumprir uma eventual decisão do STF favorável à cassação. Maia afirmou que isso seria uma interferência do Judiciário nas atribuições do Legislativo, comparável a medidas de exceção da ditadura.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) concorda com Maia e diz acreditar que a sentença pode não ter efeitos imediatos. "Estamos falando em algo entre seis e oito meses entre a publicação do acórdão do STF e os embargos. Não é uma coisa rápida." O deputado André Vargas (PT-PR) afirma que não há o que discutir sobre a questão. "A atribuição de cassar ou não mandato parlamentar é da Câmara. Isso está na Constituição", disse ele.
Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), a palavra final sobre qualquer interpretação da Constituição é do Supremo.
"Não cabe a ninguém, nem ao Legislativo, questionar. À Câmara cabe apenas cumprir a decisão", insistiu.
"Não vejo isso como uma invasão de competência. Ao contrário, trata-se do cumprimento do dever", argumentou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
"Não cabe a ninguém, nem ao Legislativo, questionar. À Câmara cabe apenas cumprir a decisão", insistiu.
"Não vejo isso como uma invasão de competência. Ao contrário, trata-se do cumprimento do dever", argumentou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Para a oposição, se o STF decidir pela cassação do mandato dos deputados e a Câmara ignorar a decisão, há o risco de se criar uma situação "esdrúxula".
"Seria, no mínimo, inusitado alguém representar a sociedade de dentro de uma prisão", afirma Dias
(Estadão)
"Seria, no mínimo, inusitado alguém representar a sociedade de dentro de uma prisão", afirma Dias
(Estadão)
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