quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Petista e Collor se juntam para chamar FHC para falar sobre falcatrua criada por… petistas!!!

Quem diz isso? As gravações!
Para entender a razão deste post estar aqui, é preciso ler o anterior. Ali se informa que o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara e futuro secretário de Fernando Haddad, se uniram para impedir a convocação de Rosemary Noronha e, numa clara provocação, conseguiram ainda “convidar” o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso  a prestar esclarecimentos. Trata-se apenas de convite. Eles vão se quiserem. 
FHC está sendo “convidado” a falar sobre uma peça de ficção escandalosa: a tal Lista de Furnas — suposto esquema de doações irregulares que teriam financiado políticos de oposição.
A lista é falsa. Comprovadamente falsa. Escandalosamente falsa. 
Neste post, há a transcrição de um diálogo entre os bandidos que armavam a falcatrua. Eles tinha dúvidas sobre a grafia do nome das vítimas… No dia 11 de dezembro de 2011, publiquei um post sobre reportagem de capa da VEJA (ê revista incômoda para a bandidagem!). 
Leiam. Reitero: prestem atenção ao diálogo. É impressionante que, mesmo depois de revelados a fraude e seus autores, ainda se insista nisso.  Os petistas são craques nisso. Sustentaram durante anos, com a ajuda de certa imprensa, a existência do tal Dossiê Cayman. 
Leiam o post do ano passado. Volto para encerrar.
*
MATÉRIA DA CAPA – COMO O GANGSTERISMO PETISTA SE ORGANIZOU PARA INCRIMINAR INOCENTES E, ASSIM, LIVRAR A CARA DOS CULPADOS. E TUDO ESTÁ GRAVADO!
dirceu-e-os-falsarios
Ao longo desses anos, não foram poucas as vezes em que me acusaram de ser um tanto exagerado nas críticas ao petismo. Serei mesmo? A reportagem de capa desta semana da VEJA demonstra até que ponto eles podem mergulhar na abjeção. Operam, tenho dito aqui, com a inversão orwelliana mais rudimentar: o crime passa a ser uma virtude; e os inocentes, criminosos. Sem limites, sem pudores, sem receios.
A saída que o PT encontrou para tentar se safar do mensalão foi afirmar que tudo não passava de caixa dois de campanha e que todos, afinal de contas, agem do mesmo modo. Só que era preciso “provar” a tese. E ONDE ESTAVAM AS TAIS PROVAS? NÃO EXISTIAM! ORA, SE NÃO EXISTIAM, ENTÃO ELES PRECISAVAM SER FORJADAS. É simples chegar a essa conclusão quando se é petista.
O que VEJA traz, numa reportagem de sete páginas, de autoria de Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel, revela uma operação típica do mais descarado gangsterismo político. Pior: há evidências de que a cúpula do partido não só sabia de tudo como estava no controle. Vamos ao caso.
Lembram-se da tal “Lista de Furnas”? Ela trazia nomes de líderes da oposição que teriam recebido dinheiro da estatal de maneira ilegal, não-declarada, quando eram governistas e compunham a base de FHC. Gravações feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, a que VEJA teve acesso, provam que era tudo uma tramóia operada por dois deputados do PT de Minas. 
Leiam trecho AQUI e a íntegra na versão impressa. 
A edição traz a transcrição de alguns diálogos. Reproduzo um:
O estelionatário Nilton Monteiro conversa com Simeão de Oliveira, assessor do deputado petista Rogério Correia. Eles combinam a fraude. Para dar autenticidade à chamada “lista de Furnas” era necessário a apresentação de recibos assinados pelos políticos acusados. Monteiro estava empenhado em arrumar as assinaturas para montar os documentos falsos.
Simeão: (…) Eu já estou aqui com José Carlos Aleluia.
(…)
Nilton: Vem cá, a assinatura dele é um JC. Parece um U.
S: Parece um M, isso.
N : Isso, então é isso mesmo. Então eu já recebi esse cara, viu?
S: É.
N: Não sei se é 75 000 reais ou 150 000 reais. Eu acho que é 75 000 o recibo dele.
S: O do Pannunzio.
N: Pannunzio é uma assinatura toda esquisita, né?
S: É um trem doido.
(…)
S: Quem mais? O Kassab.
N : O Kassab é um G Kassab.
(…)
S: Uai, então você tem esse trem tudo original, Nilton?
N: É lógico. Você fica na tua, sô. Por isso que eles estão tudo doido.
(…)
N: Rodrigo Maia é Rodrigo e o final Maia entre parênteses.
S: Ahn?N: Parece que é Rodrigo e depois um M.
S: Não, não é esse, não.
N: Então mudou a assinatura dele. Esse eu soube que ele tava mudando.
S: Não é, não.
N:
 Então, mudou. É Rodrigo…
S: Não, tem não.
N: Ih, então mudou a assinatura. Bem que falaram comigo, viu? Filho da p…, viu?

QUADRILHA – Nilton Monteiro, quando foi preso em outubro passado, e os deputados petistas Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT): os políticos mineiros prometeram ao estelionatário dinheiro e “negócios” em bancos do governo federal como pagamento pela falsificação da chamada “lista de Furnas”

Encerro
Collor e Tatto sabem de tudo isso? Melhor do que qualquer um de nós. Aliás, o presidente impichado poderia ser considerado um doutor nessa matéria. Segundo a Polícia Federal, com dados de investigações feitas pela Interpol e pelo FBI, ele e o irmão Leopoldo compraram dos estelionatários o dossiê Cayman para usar contra os tucanos.  Custou US$ 2,2 milhões.
Viva o PT, este partido sempre de braços dados com o que há de melhor e mais refinado na política. Se bem que eles se merecem e, por isso, estão juntos. Agora espero um texto de Marilena Chaui provando que Collor sempre foi um progressista…
Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário