O sinalizador usado durante um show na boate que pegou fogo matando 235 pessoas em Santa Maria não era para uso interno, disse a polícia nesta terça-feira, mesmo dia em que autoridades revisaram o número de mortos na tragédia e em que familiares das vítimas fizeram uma manifestação responsabilizando agentes públicos pelo desastre.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul disse ter chegado à loja na qual integrantes da banda Gurizada Fandangueira compraram o sinalizador para ser usado na apresentação na boate Kiss e comprovou que o artefato era apenas para uso externo, e não em ambientes fechados.
A escolha se deu, de acordo com a polícia, por conta da diferença de preço. Enquanto o valor do artefato externo era de 2,50 reais, o sinalizador adequado para uso interno custava 70 reais.
A investigação encontrou uma série de outras irregularidades, como alvarás vencidos, extintores falsificados ou vencidos, o tamanho pequeno da porta do estabelecimento e a superlotação.
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A investigação encontrou uma série de outras irregularidades, como alvarás vencidos, extintores falsificados ou vencidos, o tamanho pequeno da porta do estabelecimento e a superlotação.
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A entrevista coletiva chegou a ser interrompida por cerca de 100 manifestantes, entre parentes e amigos das vítimas da tragédia, que pediram em cartazes o impeachment do prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), e chamaram ele e o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), de "omissos".
"Não foi uma fatalidade", disse um dos manifestantes usando um megafone.
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