As declarações de Yoani Sánchez, como na surpreendente entrevista no Roda Viva, estão provocando uma verdadeira revolução nos conceitos impostos pelos ditos grupos de esquerda, que nada mais são do que seguidores de ídolos autoritários que consideram as massas populares tão insignificantes que precisam de seres iluminados para dirigir suas vidas.
Assim faz Fidel, agora também Raul, em Cuba. Assim avança o PT, com Lula e Dilma, tanto é que eu tive a sensação de que Yoani falava da realidade brasileira, não de Cuba, quando citou a anestesia de um povo imobilizado pelo medo de se manifestar, quando falou dos métodos para desqualificar adversários, do Congresso aparentemente plural, porém totalmente submisso ao Poder Central, da economia semelhante a uma "aldeia feudal", restrita ao setor primário, da perseguição ao setor privado (até mesmo aos que possuem pequenos negócios). No caso do Brasil, as recentes fusões, na contramão do período FHC que estimulava a concorrência, vai aos poucos concentrando a produção e a prestação de serviços nas mãos do Estado, como acontece em Cuba, ou nas grandes parceiras do governo, que praticamente já monopolizam alguns setores, sabe-se lá a que preço.
A viagem de Yoani está tendo uma repercussão inesperada e ficou mais evidente com os protestos violentos que estão envergonhando o Brasil perante o mundo. Notícia do Jornal Nacional praticamente todos os dias, capa da principal revista do país, a Veja, e a participação nos principais programas de debates da TV.
O que impressiona é a insensibilidade da maioria dos jornalistas brasileiros que não se importam com as condições desumanas em que vive o povo cubano, o foco das perguntas é tentar desqualificar a jornalista Yoani Sánchez com uma coragem que desaparece quando os entrevistados são figuras como Lula, Dilma ou Zé Dirceu.
Entretanto, é o noticiário internacional que está expondo o Brasil com a cara do PT, o país que viu disparar o índice de criminalidade e violência nos últimos dez anos como em nenhum outro lugar do planeta. O país onde ocorrem CINQUENTA MIL assassinatos todos os anos, número superior ao de todas as guerras e conflitos que acontecem no mundo.
Já manifestei minha opinião sobre o que considero a origem do crime organizado no Brasil, quando presos políticos ensinaram técnicas de guerrilha aos ladrões de galinha.
Texto de Reinaldo Azevedo sobre o Memorial da Resistência de São Paulo esclarece que parte da resistência era, como se sabe, luta para instaurar um regime comunista no Brasil com o uso das armas, portanto, da violência, como fez o ídolo dessa turma, Che Guevara. Se a guerrilha fosse vitoriosa poderia ser história ativa, com a consequência conhecida quando os comunistas chegavam ao poder: milhares de mortos, com frequência, milhões!
E conclui, "não haveria museu".
Matéria de Felipe Recondo e Leonencio Nossa, de O Estado de São Paulo, revela que a VAR-Palmares, fusão do grupo Colina (Comando de Libertação Nacional), em que Dilma militava, com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do capitão Carlos Lamarca, além de "justiçar" companheiros supostamente delatores, planejou execução de militares.
Documento da Aeronáutica, tornado público pelo Arquivo Nacional, após ter sido mantido em segredo durante três
décadas, revela que a organização guerrilheira VAR-Palmares, que contou
em suas fileiras com a hoje presidente Dilma Rousseff, determinou o
"justiçamento", isto é, o assassinato de oficiais do Exército e de
agentes de outras forças considerados reacionários nos anos da ditadura
militar.
A VAR-Palmares surgiu em 1969 com a fusão do grupo Colina (Comando de Libertação Nacional), em que Dilma militava, com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do capitão Carlos Lamarca. Dilma, à época com 22 anos, foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo.
Se Dilma foi torturada, como ainda acontece com muitos presidiários nos dias de hoje e poucos se comovem, não justifica seus atos e os motivos que a levaram à prisão.
Ainda no texto de Reinaldo Azevedo, os comunistas perderam no Brasil e dão um jeito de se transformar em heróis. O museu também traz farto material sobre a luta pacífica contra o regime. Democratas combateram a ditadura, e foram eles que a venceram, não os comunistas (que hoje governam o Brasil porque mudaram o discurso para enganar o eleitor).
Yoani vem de uma ilha cujo comandante é dono da vontade das pessoas. Os cubanos praticamente não têm salário, são proibidos de comprar artigos que os comunistas consideram luxo, como guloseimas e cosméticos, não podem circular livremente pelo país nem ao menos escolher o que comer.
Essa é a verdade que a militância petista tentou calar na fala de Yoani Sánchez, sob as ordens de seus comandantes daqui que têm como ideal implantar o modelo cubano no Brasil.
Do jeito que o brasileiro vem se tornando voluntariamente numa imensa massa de manobra, anulou-se como cidadão, sente-se feliz com qualquer possibilidade de migalha, conforma-se com uma qualidade de vida medíocre, não se importa com o futuro de seus filhos e admira esse tipo de liderança autoritária representada nas figuras de Lula e agora da presidente Dilma, caminhamos a passos largos para que isso se concretize.
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