quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DILMA CHAMA O BRASILEIRO DE IDIOTA QUANDO ATROPELA OS FATOS

Dilma acusou a oposição de provocar 'instabilidade' ao alardear a ameaça de racionamento de energia - Beto Barata/AE

Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, Estadão

A presidente Dilma Rousseff usou o seu discurso de comemoração dos dez anos de criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, para reafirmar os fundamentos econômicos de seu governo, de crescimento com estabilidade e controle da inflação, assegurando que eles estão mantidos. 

Dando prosseguimento à troca de farpas com os tucanos, Dilma acusou a oposição de provocar "instabilidade" ao alardear a ameaça de racionamento de energia no País, lembrando que estas vozes "se calaram" quando o racionamento não aconteceu.

A presidente também desafiou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao dizer que foi o governo do PT que criou o cadastro para as famílias receberem benefícios sociais. "É conversa que tinha cadastro. Nós levamos um tempão para fazer", atacou Dilma.
(...)

Não só a presidente Dilma, mas os ministros palestrantes ignoraram qualquer feito dos governos passados. A maior parte dos slides apresentava dados a partir de 2003, quando foi iniciado o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de reiterar que seu governo manteve "a inflação sob controle", "a política de câmbio flexível" e "uma política de robustez fiscal" Dilma destacou que era preciso ter "vontade política" para fazer o Bolsa Família, o Brasil sem Miséria e o Brasil Carinhoso e, se não tiver, prosseguiu, "ninguém faz" porque, para isso, "tem de ter compromisso com os pobres desse País". Em seguida, passou a se vangloriar das medidas adotadas pelo ex-presidente Lula de criar toda "uma engenharia, uma tecnologia social" e "criar um cadastro, porque não existia cadastro".

CadÚnico. 

Só que, a falar disse, a presidente ignorou que, em 2001, quando houve a universalização do Bolsa Escola, programa tucano de transferência de renda, com condicionalidade de frequência à escola, os pagamentos dos benefícios eram controlados pelo Cadastro Único para Programas Sociais, CadÚnico, criado pelo decreto 3877, de 24 de julho de 2001, que em 2003 foi incorporado ao programa rebatizado por Lula de Bolsa Família. 

Dilma comemorou ainda a criação do Cartão "estratégico" para eliminar intermediários na liberação dos recursos. Em 2002, o governo FHC lançou o "Cartão Cidadão" que unificava o pagamento de benefícios à população pobre, como o Bolsa Escola e o auxílio gás.

Leia mais em Dilma desafia FHC e volta a trocar farpas com tucanos

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