Secretários municipais participaram do jantar, como Jilmar Tatto
(Transportes) e Simão Pedro (Serviços). "Fizemos um esforço para
convidar os empresários", disse Simão Pedro, fazendo a ressalva, em
seguida, de que era um evento do partido e não da prefeitura. O jantar
foi realizado no restaurante Leopolldo, no Itaim, bairro
nobre da capital. O PT não permitiu que o Valor acompanhasse o evento e
não deu informações sobre os participantes nem sobre quantos convites
foram vendidos.
De acordo com o tesoureiro do diretório, vereador Alfredinho, os
recursos arrecadados serão usados para quitar parte da dívida
eleitoral. "Só vai ao jantar quem tem muito dinheiro", brincou. No
início da tarde o tesoureiro havia informado que o PT colocaria à venda
200 convites, ao custo de R$ 5 mil cada - metade do preço a que foram
vendidos. Os convites foram oferecidos aos "tradicionais doadores" de
campanha, segundo Alfredinho. "Tivemos a felicidade de conseguir ajuda
para saldar a dívida", afirmou o petista.
Segundo Alfredinho, a vitória de Haddad teve pouca influência na
arrecadação depois da eleição. "Não sentimos muita diferença. Os
fornecedores são os de sempre". O tesoureiro não revelou quais doadores
ajudaram depois das eleições. "Combinamos com os doadores de revelar o
nome apenas na prestação de contas que será entregue ao TRE. Vamos
manter a ética", disse. Depois do fim da campanha, o diretório municipal assumiu a dívida.
Segundo o tesoureiro da campanha, Chico Macena, o diretório nacional do
PT pagou cerca de 20% da dívida. "O nacional já deu entre R$ 5 milhões
e R$ 6 milhões", disse Macena, que é secretário de Subprefeituras.
A campanha de Haddad arrecadou R$ 42 milhões e gastou R$ 67,9
milhões. A maior parte da receita foi recebida por meio de doação
oculta. A dívida de R$ 30 milhões com a Polis Propaganda e Marketing,
do marqueteiro João Santana, ainda não foi totalmente paga, segundo
Alfredinho.
(Valor Econômico)
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