Indústria patina em 2012 e produção encolhe 2,7%, pior resultado desde 2009
A indústria viveu, em 2012, seu pior ano desde a crise global de 2009, num cenário de famílias mais endividadas, países em crise comprando menos do Brasil e ávidos para vender seus produtos aqui a preços reduzidos, e empresários receosos em investir. Nem mesmo medidas de estímulo do governo como redução de impostos (de R$ 6,2 bilhões) e crédito do BNDES com juros subsidiados pelo Tesouro (em alguns casos, inferiores à inflação) foram capazes de evitar uma queda de 2,7% da produção industrial em 2012, medida pelo IBGE.
Em dezembro, a produção ficou estável e o indicador negativo -recuo de 0,4%- veio “menos pior” do que o previsto por analistas. Para André Macedo, técnico do IBGE, a retração teve um perfil bastante generalizado, atingindo todas as categorias e 17 dos 27 setores. Termômetro do investimento, a produção de bens de capital (máquinas e equipamentos usados para a fabricação de outros produtos, na agricultura e em infraestrutura) caiu 11,8%, mais fraco desempenho desde 2009.
Desde setembro de 2011, a produção da categoria cai, num sinal de que a a capacidade produtiva do país não se amplia, um limitador para o crescimento do PIB. O resultado ruim é reflexo também do recuo das exportações para países em crise e grandes mercados para a indústria, como a Argentina.
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