sábado, 2 de fevereiro de 2013

ROMBO NO CAIXA DA PETROBRAS ULTRAPASSA US$ 54 BILHÕES. DÍVIDAS SOMAM R$ 133,9 BILHÕES

Gastos da Petrobras superaram em US$ 54 bi sua geração de receitas nos últimos 4 anos

RAMONA ORDOÑEZ 
BRUNO ROSA 


Obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
Foto: Terceiro / Divulgação Petrobras

Obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro Terceiro / Divulgação Petrobras
Planos audaciosos de investimento, projetos com custos subestimados e falta de reajuste nos preços de combustíveis minaram o caixa da Petrobras. Com isso, a companhia tem gasto sistematicamente bem mais do que consegue gerar de receitas o que, segundo analistas, põe em dúvida a sustentabilidade de suas contas a longo prazo. 
Entre 2009 e 2012, o rombo no caixa da estatal pode ter acumulado US$ 54 bilhões, pelas projeções mais recentes, uma média de US$ 13,5 bilhões por ano de déficit. Especialistas acreditam que, se continuar nessa trajetória, a empresa precisará fazer nova capitalização — em 2010, a Petrobras fez um aumento recorde de capital de R$ 120,2 bilhões o equivalente a US$ 69,9 bilhões na ocasião.
Com o caixa enfraquecido, a companhia está chegando no limite de sua capacidade de endividamento, já que os investimentos não estão dando resultados, alertam os especialistas. Até setembro, as dívidas somam R$ 133,9 bilhões, valor que é 2,5 vezes a sua geração de caixa.
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Defasagem gera perdas de R$ 20,9 bilhões
Segundo cálculos feitos por Caetano, a Petrobras deixou de arrecadar R$ 20,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2012.
Caetano lembra que a relação entre dívida e patrimônio líquido da empresa hoje é de 28%. Se esta relação superar 35%, a empresa pode perder a chancela de investment grade. Para Leite, do Credit Suisse, com a estatal chegando ao seu limite de endividamento, ela poderá ser levada a fazer uma nova capitalização em breve.
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Para David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o problema não foi fixar metas ambiciosas, mas sim a gestão dessas metas
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